O líder da oposição no
Senado, Rogério Marinho (PL-RN), fez um duro pronunciamento nesta sexta-feira
(31) sobre a crise de segurança pública no país, em especial no Rio de Janeiro,
onde operações recentes têm exposto o avanço das facções criminosas sobre
territórios urbanos.
Marinho iniciou seu
discurso se solidarizando com a população fluminense e alertou para o
crescimento do poder do crime organizado em diversas regiões do Brasil. Segundo
o senador, quase 40 milhões de brasileiros vivem em áreas onde o Estado perdeu
o controle.
“Infelizmente, em várias
partes do território nacional, o crime é quem governa. A polícia não consegue
adentrar, os serviços públicos são capturados, e a população é chantageada por
bandidos que se comportam como se fossem um país inimigo dentro do nosso
território”, afirmou o parlamentar.
O senador criticou ainda a
postura do governo federal e de partidos aliados, como PT, PSB, PCdoB, PSOL e
PDT, que, segundo ele, adotam um discurso leniente com criminosos e questionam
o uso da força policial.
“Esses grupos dizem que o
uso da força é desproporcional. Mas e o que dizer da desproporcionalidade do
crime contra o cidadão? Pessoas são torturadas, mortas e extorquidas todos os
dias. Não dá para continuar passando a mão na cabeça de fascínios e bandidos”,
declarou.
Rogério Marinho também
criticou a resistência do governo em classificar facções criminosas como
organizações terroristas, além de condenar a ineficácia do sistema judicial nas
audiências de custódia, onde, segundo ele, mais de 50% dos presos acabam liberados.
“O governo trata o tempo
todo do direito do prisioneiro, do encarcerado, mas esquece do direito do
cidadão de bem. Isso mostra o distanciamento do Estado em relação à realidade
das ruas”, pontuou.
Em outro trecho, o líder
oposicionista ironizou declarações passadas do presidente Lula, que, em 2022,
afirmou que um jovem não deveria ser preso por roubar um celular.
“O presidente disse que o
jovem rouba um celular para tomar uma cervejinha e que ele é uma vítima da
sociedade. É um pensamento completamente desconectado do que pensa a grande
maioria da população brasileira”, criticou Marinho.
Por fim, o senador disse
que o discurso governista tenta inverter a lógica da criminalidade, chegando ao
ponto de retratar traficantes como vítimas dos usuários de drogas.
“Isso é uma demonstração
clara de como o Estado brasileiro tem se comportado: fraco diante do crime e
omisso diante do sofrimento da população”, concluiu.

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