Eleito presidente da Bolívia neste domingo
(19.out.2025), Rodrigo Paz Pereira (Partido Democrata Cristão, centro-direita)
disse em seu discurso de agradecimento que o país “respira ventos de mudança e
renovação para seguir em frente”.
Em um pronunciamento depois do anúncio do resultado
da eleição, Paz afirmou que “Deus, pátria e família” são a base de uma visão
que ele e seu vice-presidente, Edman Lara, têm “para o país e para todos os
bolivianos”.
“Manter uma relação próxima com um dos governos mais
influentes do mundo é parte essencial das soluções que precisamos implementar e
da forma como iniciaremos este governo com firmeza. Com as mãos estendidas
dentro do país, do Parlamento ao setor privado e às diversas organizações
nacionais, compartilhamos um mesmo propósito: abrir a Bolívia ao mundo”, disse
Paz.
A vitória de Paz encerra 20 anos de hegemonia da
esquerda liderada pelo MAS (Movimento ao Socialismo) que governou o país desde
2006 sob liderança de Evo Morales e, depois, de Luis Arce, e marca uma guinada
de centro-direita no cenário político boliviano.
A Bolívia enfrenta uma crise econômica, com inflação
elevada (23,32% em setembro), reservas cambiais baixas e escassez de
combustíveis e produtos básicos, o que culminou na baixa popularidade de Arce.
Paz derrotou Jorge “Tuto” Quiroga (Aliança Livre,
direita) no 2º turno. O senador e ex-prefeito de Tarija teve 54,6% dos votos
contra 45,39% de Quiroga, segundo resultados divulgados pelo Tribunal Superior
Eleitoral da Bolívia.
A posse do novo presidente está marcada para 8 de
novembro.
Rodrigo Paz Pereira, 58 anos, nasceu em Santiago de
Compostela, na Espanha, durante o exílio de sua família. Filho do ex-presidente
Jaime Paz Zamora (1989-1993), iniciou sua carreira política no início dos anos
2000. É senador e ex-prefeito de Tarija em 2015 e 2020. Formado em relações
internacionais, tem especialização em economia, e mestrado em gestão política
pela American University, em Washington D.C.
Sua campanha defende um modelo de “capitalismo para
todos”, com foco na formalização da economia, combate à corrupção e reformas
institucionais para limitar a reeleição e fortalecer a Justiça.
Poder360
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