domingo, 5 de outubro de 2025

PF aponta ligação de PM do RN em quadrilha que fraudava concursos públicos

 


Uma operação da Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa familiar que transformou concursos públicos em um negócio milionário. O grupo, liderado pelo ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, beneficiava filhos, irmãos e sobrinhos em aprovações fraudulentas em certames de alto prestígio, como o Concurso Nacional Unificado (CNU).

O esquema envolvia desde o repasse de gabaritos até a lavagem de dinheiro por meio de negócios de fachada.

Um dos nomes que chamam a atenção no inquérito é o de Ariosvaldo Lucena de Sousa Júnior, policial militar no Rio Grande do Norte, apontado como um dos elos centrais da quadrilha. Segundo a investigação, ele usava uma clínica odontológica em Patos (PB) como fachada para movimentar os valores ilícitos.

Além dele, estavam no núcleo Wanderlan e os irmãos Valmir Limeira de Souza e Antônio Limeira das Neves, além do filho Wanderson Gabriel de Brito Limeira e da sobrinha Larissa de Oliveira Neves. Cada um tinha funções específicas no esquema.

A sobrinha Larissa levantou suspeitas ao optar por fazer a prova do CNU em Patos, mesmo morando em São Paulo. Já Antônio, agente penitenciário em São Paulo, chegou a se inscrever para o concurso da Polícia Federal de 2025, o que mostra a tentativa da quadrilha de expandir influência até dentro da própria instituição que apura o caso.

As investigações mostram que Wanderlan e Valmir chegaram a ser aprovados no CNU de 2024 para auditor fiscal do trabalho, cargo com salário inicial de mais de R$ 22 mil. Larissa também aparece entre os aprovados. Já o filho de Wanderlan, Wanderson Gabriel, havia sido investigado em 2024 por fraude no concurso da Polícia Militar da Paraíba, quando uma candidata foi flagrada com ponto eletrônico.

O histórico criminal de Wanderlan inclui acusações de homicídio, roubo majorado, uso de documento falso, peculato, concussão e abuso de autoridade. Ainda assim, ele conseguiu se infiltrar em cargos estratégicos, como no Banco do Brasil, além de figurar entre os aprovados do CNU.

De acordo com a PF, a quadrilha mirava concursos de instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Universidade Federal da Paraíba e Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas. A fraude, segundo os investigadores, não só gera prejuízo milionário ao longo de décadas de salários pagos, mas também coloca em risco a ocupação de cargos estratégicos por servidores sem qualificação.

Com informações do Metrópoles.

 

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