O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou que brigadas de militantes
da América Latina estão se organizando para ir à Venezuela diante da tensão
crescente com os Estados Unidos. A proposta foi aprovada durante o Congresso Mundial
em Defesa da Mãe Terra, realizado em Caracas entre os dias 8 e 10 de outubro,
com delegações de 65 países.
“Nós, movimentos da América Latina,
vamos fazer reuniões e já estamos fazendo consultas para, no menor prazo
possível, organizar brigadas internacionalistas de militantes de cada um dos
nossos países para ir à Venezuela e nos colocarmos à disposição do governo e do
povo venezuelano”, disse Stédile em entrevista à Rádio
Brasil de Fato, na última quinta-feira (16).
“Não temos formação militar”
O líder do MST afirmou que os militantes não têm
preparo militar, mas poderão atuar de outras formas: “Podemos fazer mil
e uma coisas, desde plantar feijão e fazer comida para os soldados a estar ao
lado do povo se houver uma invasão militar dos Estados Unidos.”
O MST confirmou ao site Poder360 neste sábado (18)
que a criação das brigadas segue em discussão interna. “Não há uma
definição ainda encaminhada de como essa colaboração vá proceder”, afirmou
o movimento.
O MST destacou que já possui brigadas na Venezuela,
mas com foco em projetos de produção agroecológica, como o Projeto Gran Pátria
del Sur, criado em 2024 para ampliar a produção de alimentos saudáveis em
parceria com agricultores locais.
Com informações de Poder 360
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