sexta-feira, 1 de agosto de 2025

VÍDEO - Vacinas contra Covid-19 e problemas cardíacos: cardiologista esclarece relação

 


Durante entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan Natal, a cardiologista Ana Cláudia Solano abordou uma das dúvidas mais frequentes no pós-pandemia: existe relação entre as vacinas contra a Covid-19 e problemas cardíacos, como infartos ou miocardites?

Segundo a médica, embora vacinas, de forma geral, possam causar reações inflamatórias em diferentes órgãos do corpo – incluindo o coração – os casos registrados de complicações cardíacas associadas à vacinação contra a Covid-19 foram isolados e estatisticamente pouco representativos.

É certo que vacinas, em geral, têm um componente inflamatório, que é reativo aos anticorpos formados. Esses anticorpos podem ter uma atração por determinados órgãos, como o sistema nervoso central ou o coração”, explicou. “No caso da Covid-19, a vacina realmente chamou mais atenção para o tropismo – essa afinidade – com o músculo cardíaco, especialmente com as células miocárdicas.

A cardiologista confirmou que houve, sim, uma vacina em particular com mais registros de miocardite, uma inflamação no músculo do coração: a da AstraZeneca. “Houve uma relação com um laboratório específico que levou, inclusive, a orientações para o uso de vacinas de outros laboratórios em determinados casos”, afirmou.

No entanto, Ana Cláudia reforçou que a análise de qualquer política de vacinação precisa sempre considerar o princípio do risco-benefício. “Não dá para generalizar e dizer ‘não vou tomar a vacina porque isso vai me levar a um problema cardíaco’. A porcentagem de casos foi pequena, e a prevenção ainda é o foco”, ressaltou.

A médica ainda alertou para o risco de desinformação e interpretações equivocadas. “A Covid-19 foi um movimento mundial que mobilizou muita pesquisa. Tudo chamou mais atenção e ficou muito mais popularizado em termos de informação, o que gerou também mais insegurança. Mas é importante entender que todas as vacinas têm riscos, e o mais relevante é saber que, naquele momento, era mais importante se proteger contra um vírus que estava matando milhares de pessoas.

A orientação da especialista é clara: a vacinação continua sendo uma medida essencial de saúde pública e os possíveis efeitos adversos devem ser tratados com base em evidências, não em medo ou desinformação.

 Portal 98



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gerdau reduzirá investimento no Brasil e se diz decepcionada com medidas comerciais do governo federal

  O presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou nesta sexta-feira (1°) que a empresa tomou a decisão de reduzir investimentos n...