quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Nilda prepara o “troco” contra ataques que sofre: Parnamirim a um passo de subir de nível na economia do Estado

 


A política potiguar vive um fenômeno curioso em Parnamirim: a prefeita Nilda Cruz, primeira mulher a comandar a cidade, se tornou alvo de uma perseguição que parece não ter limites. A intensidade dos ataques ultrapassa a crítica legítima e se assemelha a uma campanha orquestrada para tentar desgastar a imagem da gestora. No entanto, não estão conseguindo, mas tudo indica que vão continuar.

O que explica isso? A resposta não está apenas na gestão, mas no que Nilda simboliza. Mulher, negra, de origem humilde e sem manchas na Justiça, ela representa um contraste profundo com o histórico político local. Sua chegada ao poder incomoda setores que se acostumaram a ver a política como um espaço restrito a poucos grupos — quase sempre masculinos, brancos e de sobrenome tradicional.

Além do simbolismo, há o fator econômico. Parnamirim está às portas de se consolidar como a segunda maior economia do Rio Grande do Norte, superando até municípios mais antigos na hierarquia política estadual. Esse crescimento dá visibilidade e peso à cadeira de prefeito, transformando a cidade em palco de disputas mais duras. Estar à frente desse processo é, por si só, motivo para atrair fogo cerrado.

Os ataques não se restringem a críticas de gestão. Pequenos sites locais passaram a difundir boatos, acusações sem provas e até a envolver familiares da prefeita em insinuações. A mais recente ofensiva — a suposta articulação de um grupo para tentar cassar o mandato de Nilda — escancara a ausência de limites: fala-se em cassação sem sequer apresentar um motivo concreto.

Esse contexto revela muito sobre o tipo de política que ainda resiste no Brasil: quando o jogo democrático não favorece, tenta-se vencer no tapetão, no desgaste e na difamação. Mas Nilda foi eleita pela maioria da população, e é esse respaldo popular que dá a ela legitimidade para resistir.

O preço, de fato, será alto. A prefeita terá de enfrentar ataques sistemáticos, muitas vezes desleais, que miram mais sua condição de mulher e sua origem do que sua administração. Mas, ao mesmo tempo, essa resistência pode consolidar em Parnamirim um novo ciclo: o da política feita de forma mais plural, diversa e limpa.

No fundo, a perseguição contra Nilda não diz respeito apenas a ela. Diz respeito a um incômodo maior: o de ver que o poder está mudando de rosto no Rio Grande do Norte.

 

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