sexta-feira, 8 de agosto de 2025

De protagonista a coadjuvante de luxo: O novo papel de Carlos Eduardo Alves

 


Carlos Eduardo Alves virou o queridinho da temporada eleitoral. Não porque seja um fenômeno de votos ou um gênio das articulações. Nada disso. O apelo é outro: ele é hoje um batedor de esteira de luxo. Aquele candidato que coloca 20 mil votos na urna em Natal e mais uns 10 mil espalhados pelo interior.

Para quem entende do jogo, isso é ouro. O cociente eleitoral deve girar em torno de 200 mil votos. Carlos, sozinho, não leva a cadeira. Mas ajuda muito a empurrar outros para dentro. É a peça que falta para fechar a conta de qualquer partido esperto.

Até o PL, que não costuma abrir a porta com tapete vermelho, se brincar aceita ele. Não é protagonismo. É matemática pura. Carlos já foi ator principal, mas agora atua como coadjuvante estratégico, daqueles que entram em cena poucos minutos e mudam o final da peça. Seus 30 mil votos ajudam a empurrar quem tem 90 mil, 100 mil votos a entrar. Até o PCdoB quer Carlos para empurrar a turma petista para cima na federação. 

Na prática, virou um ativo disputado e que não faz medo a quem de fato disputa a cadeira. E, numa eleição onde cada voto conta, ser o “reforço de banco” mais cobiçado do mercado já é, por si só, um papel de protagonista. Mesmo que o roteiro não traga seu nome no título.

Blog do Gustavo Negreiros

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