Carlos Eduardo Alves virou o queridinho da temporada
eleitoral. Não porque seja um fenômeno de votos ou um gênio das articulações.
Nada disso. O apelo é outro: ele é hoje um batedor de esteira de luxo. Aquele
candidato que coloca 20 mil votos na urna em Natal e mais uns 10 mil espalhados
pelo interior.
Para quem entende do jogo, isso é ouro. O cociente
eleitoral deve girar em torno de 200 mil votos. Carlos, sozinho, não leva a
cadeira. Mas ajuda muito a empurrar outros para dentro. É a peça que falta para
fechar a conta de qualquer partido esperto.
Até o PL, que não costuma abrir a porta com tapete
vermelho, se brincar aceita ele. Não é protagonismo. É matemática pura. Carlos
já foi ator principal, mas agora atua como coadjuvante estratégico, daqueles
que entram em cena poucos minutos e mudam o final da peça. Seus 30 mil votos
ajudam a empurrar quem tem 90 mil, 100 mil votos a entrar. Até o PCdoB quer
Carlos para empurrar a turma petista para cima na federação.
Na prática, virou um ativo disputado e que não faz
medo a quem de fato disputa a cadeira. E, numa eleição onde cada voto conta,
ser o “reforço de banco” mais cobiçado do mercado já é, por si só, um papel de
protagonista. Mesmo que o roteiro não traga seu nome no título.
Blog do Gustavo Negreiros
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