sábado, 2 de agosto de 2025

Confeiteiro aposta em 'toras' de torta, viraliza e faz sucesso em feiras da Grande Natal

 


Em meio à movimentação tradicional das feiras de Natal, um vendedor tem chamado atenção nas redes sociais com uma proposta diferente: tortas em fatias generosas, que ele chama de "toras".

Bruno Miranda, conhecido como Bruno Cake, largou o emprego com carteira assinada para apostar no negócio que começou em 2024 e hoje atrai clientes de várias cidades.

Nas feiras do Alecrim, em Natal , e de Cidade das Rosas, em São Gonçalo do Amarantem, as "toras" - porções de até 600 gramas - têm esgotado rapidamente, em menos de duas horas. A estratégia de diferenciar o produto e usar as redes sociais para divulgação tem sido decisiva para o sucesso do confeiteiro.

"Não é fatia, nem pedaço. É 'tora'", explica Bruno, que desenvolveu o conceito para fugir do padrão do mercado e oferecer um produto generoso, de qualidade e preço acessível.

Bruno vende em média entre 10 e 14 tortas por dia nas feiras onde atua, mas afirma que a produção ainda não dá conta da demanda.

"Essa quantidade é extremamente insuficiente. Eu estou já trabalhando no aumento dessa produção. A cada sábado, a cada domingo, eu tenho aumentado a quantidade de tortas e cada vez mais muitas pessoas estão procurando", disse.

O início das vendas foi no bairro Cidade das Rosas, onde mora. Depois, passou a atuar também em Ceará-Mirim e, atualmente, tem banca fixa na tradicional feira do Alecrim, aos sábados, e novamente na Cidade das Rosas, aos domingos. "Eu tenho esse título de ser o primeiro a vender torta nesse formato nas feiras do estado", afirmou.

Bruno já conciliava o emprego formal com vendas pontuais de doces desde a adolescência, quando fez cursos de confeitaria e vendia trufas e palha italiana, até que esse ano decidiu se desligar da carteira assinada e se dedicar somente ao negócio.

As vendas começam por volta das 6h da manhã e acabam rapidamente. No último sábado, o estoque foi totalmente vendido entre 6h e 8h20. "Tem me chamado muita atenção porque eu tenho levado cada vez mais bolos e cada vez mais pessoas têm procurado e o horário que finaliza o meu estoque tem sido cada vez menor", contou.

As redes sociais foram essenciais para o crescimento do negócio. Bruno posta vídeos diariamente no Instagram, atraindo clientes não só de Natal, mas de outras cidades e estados.

"Eu recebo pessoas de Santa Cruz, Parnamirim, Macaíba e até de João Pessoa. Através da rede social, eu consigo criar aquela expectativa no cliente para que ele possa estar na banca comprando a sua tora de torta", explica.

Hoje, ele não trabalha com entregas e prioriza a venda presencial na banca. Também não tem planos imediatos para abrir loja. "Hoje eu não penso em ter uma loja física, mas pode ser que seja plano para o futuro. A feira me atende muito bem", afirma.

Os sabores oferecidos variam de acordo com os pedidos dos clientes. "Os clientes vão na banca, escolhem o sabor e dizem: 'Ah, por que você não coloca tal sabor?' Aí eu vejo a possibilidade de tudo, se dá certo, se fecha a conta. Tudo precisa ser bem calculado".

A intenção, segundo ele, é mostrar que a feira também pode ser espaço para sobremesa. "Quero quebrar a ideia de que feira é só pra comprar frutas ou pastel", disse.

 

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