A paralisação dos profissionais terceirizados da
limpeza do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, levou
acompanhantes de pacientes a assumirem a higienização das enfermarias. A
suspensão do serviço ocorre, segundo relatos, por atraso no pagamento dos
salários.
Vídeos gravados dentro da unidade mostram
acompanhantes realizando a varrição e coleta de lixo nos corredores. Para a
dona de casa Luzinete Barbosa, que acompanha o filho em tratamento, a situação
se repete sempre que há atraso nos vencimentos. “Desde o dia 27 de maio que eu
estou nessa peleja, e quando chega dia 14, a gente já fica apreensivo, porque a
gente sabe que os profissionais da limpeza entram em greve e a cozinha também.
Nem tem alimentação e nem a limpeza, porque eles suspendem, porque não estão
recebendo o salário”, afirmou ela, em reportagem exibida pela Balanço Geral
Manhã, da TV Tropical.
A ausência da higienização adequada aumenta o risco
de infecções hospitalares, segundo acompanhantes. “Hoje os baldes estavam todos
muito cheios. A gente fica com receio, porque meu filho já está com essa
bactéria há dois meses. Ou a gente tira ou fica na sujeira, mas acaba fazendo,
porque não dá para deixar assim”, relatou Luzinete.
O acompanhante Alcides Francisco, que também tem
assumido a limpeza, considera a situação “lastimável”. “A gente quer que
resolvam isso para que funcione normalmente e o paciente tenha uma segurança
melhor, um tratamento mais adequado.”
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou
que realizou a transferência dos valores para a empresa ainda ontem 18. Segundo
a secretaria, foi feito contato com a empresa e a expectativa é de que os
funcionários comecem a receber ainda nesta terça-feira 19.
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