sábado, 26 de julho de 2025

Morango do amor exige técnica e precisão: confira passo a passo da produção

 


Impulsionado pelas redes sociais, o “morango do amor” virou sensação entre os potiguares e tem lotado confeitarias de Natal, como a Jolie. Para entender o segredo por trás do sucesso, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE foi conferir de perto o passo a passo da produção do doce, que une morango fresco, brigadeiro branco e uma delicada calda caramelizada, tudo feito com precisão, em um processo artesanal que exige técnica, controle de temperatura e atenção aos mínimos detalhes.

Apesar da popularidade do “morango do amor”, a produção diária do doce na Jolie Confeitaria enfrenta desafios, principalmente por causa do clima de Natal. “Cada dia é um aprendizado novo. A gente aprende algo a cada produção”, diz Carol Barreto, fundadora da marca. Segundo ela, a alta umidade do ar na capital potiguar interfere diretamente no preparo, já que o açúcar absorve água com facilidade e pode acabar derretendo.

A receita da Jolie difere da maioria: leva brigadeiro branco em vez do tradicional, com leite Ninho, e adota um formato arredondado, semelhante a uma coxinha, por uma escolha estética da confeiteira.

A produção do “morango do amor” é realizada na fábrica da Jolie Confeitaria, situada no bairro de Capim Macio, em Natal. O preparo começa com a retirada da folhagem do morango, que é cuidadosamente envolvido por uma generosa camada de brigadeiro branco. Em seguida, o doce é colocado em um palito e mergulhado uma única vez na calda caramelizada quente. O excesso da cobertura é escorrido com atenção para manter o acabamento uniforme. Por fim, o palito é retirado e a folhinha do morango é recolocada, finalizando o doce com um visual atrativo que chama atenção nas vitrines.

“A calda precisa atingir mais de 150 graus, o brigadeiro estar no ponto certo e o ambiente precisa estar com temperatura controlada. É um trabalho minucioso”, afirma Carol Barreto.

Doce elevou faturamento da confeitaria

Mesmo enfrentando perdas durante o processo, o doce já atingiu marcas expressivas: em um único dia, foram vendidas 300 unidades, totalizando R$ 5.070 apenas com o produto. Carol Barreto afirma que o impacto vai além da venda direta. “As pessoas chegam por causa do morango, mas acabam levando outros itens também. Isso aumentou bastante o movimento nas lojas e nos canais de venda”, conta.

Com a explosão de demanda, o faturamento da Jolie cresceu entre 30% e 40% ao dia. Para manter a qualidade sem comprometer a produção, Carol Barreto já planeja expandir a operação. A falta de mão de obra tem sido um obstáculo. “Ainda não consegui contratar novos funcionários, mas tenho redirecionado colaboradores das lojas para ajudarem na fábrica. Como eles trabalham em escala, consigo fazer esse remanejamento em alguns dias”, explica.

A rotatividade do doce nas vitrines é alta, em média, os morangos permanecem apenas 20 minutos à venda antes de se esgotarem. A confeiteira também enfatiza a importância de manter um padrão de qualidade no tamanho da fruta. “Nem sempre encontramos morangos no tamanho ideal. Teve um dia em que produz o morango do amor com frutas menores, mas logo surgiram comentários de que o morango da Jolie estava pequeno. Então, preferi manter o padrão para não prejudicar a imagem do produto”, conclui.

 

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