A Comissão Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), recebeu petição
que acusa o ministro Alexandre de Moraes (STF) de “violações sistemáticas de
direitos humanos” no Brasil.
A notícia é do Metrópoles. O autor do documento
pediu à entidade para ter o nome preservado e menciona supostas ilegalidades
praticadas por autoridades brasileiras, especialmente após as depredações das
sedes dos Três Poderes, no 8 de Janeiro.
O texto aponta o ministro Alexandre de Moraes como
responsável por “prisões preventivas em massa, sem fundamentação
individualizada ou tempo razoável de detenção” e por decisões judiciais tomadas
“sem contraditório nem ampla defesa”.
Entre os episódios citados estão as detenções
ocorridas no dia 9 de janeiro de 2023, quando mais de 1,4 mil pessoas foram
levadas a um ginásio da Polícia Federal, sob condições que, segundo o
documento, seriam “insalubres”, com “prisões baseadas em geolocalização ou
proximidade dos locais dos atos” e “sem individualização das condutas”.
Além do STF, a Procuradoria-Geral da República
(PGR), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Congresso Nacional e o presidente
Lula são mencionados. Segundo o texto, a PGR teria sido “omissa em agir contra
abusos do Judiciário”, enquanto o Executivo teria adotado “uma postura
conivente e silenciosa diante da escalada autoritária promovida pelo
Judiciário”, estimulando “uma narrativa oficial de que todos os manifestantes
do 8 de Janeiro são ‘terroristas’”.
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