O Governo do Rio Grande do
Norte convocou representantes dos setores produtivos do Estado para uma reunião
na próxima terça-feira, a partir das 16h, com o objetivo de discutir as
implicações e possíveis impactos na economia potiguar de um aumento, pelos EUA,
da tarifa sobre os produtos brasileiros.
O convite foi feito pelos
secretários Carlos Eduardo Xavier (Fazenda) e Alan Jefferson da Silveira Pinto
(Desenvolvimento Econômico). A reunião será na sede da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico (SEDEC), no Centro Administrativo, em Lagoa Nova,
Natal. O secretário de Agricultura e Pesca, Guilherme Saldanha, também deverá
participar da reunião.
No convite, os secretários
destacam que o objetivo da reunião é “definir uma estratégia conjunta diante
dos impactos do aumento da tarifa”. “Diante da urgência da problemática e dos
possíveis impactos econômicos da tributação americana sobre os produtos
exportados pelo nosso estado, convidamos [os senhores] para uma reunião [com o
intuito de] mobilizar os setores afetados e articular as melhores estratégias
em prol do nosso desenvolvimento econômico”, declararam os secretários na
convocação enviada aos dirigentes de federações empresariais, sindicatos e
instituições que atuam nas áreas relacionadas à exportação.
Entre as instituições e
entidades convidadas, estão a Fiern, a Fecomércio, a Faern, o Sebrae, a Apex
Brasil, a Codern, a Intermarítima, a Brava Energia e a Coex. Também foram
convidados os sindicatos dos setores industriais que exportam para os Estados
Unidos ou que possuem atividades relacionadas com esse mercado.
Na quinta-feira (10), o
Governo do Estado divulgou uma nota na qual ressaltou que “as implicações dos
aumentos de tarifas, por parte dos Estados Unidos, para produtos importados do
Brasil têm sido monitoradas com atenção pelo Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e
da Inovação, desde março, quando ocorreu o anúncio das primeiras elevações”. A
nota informou que essa monitorização visa orientar iniciativas que mitiguem as
consequências na economia do Rio Grande do Norte.
“Embora o Rio Grande do
Norte possua uma pauta diversificada no comércio exterior, as exportações e
importações para o mercado norte-americano têm participação expressiva. Entre
janeiro e março deste ano, o RN exportou US$ 26,2 milhões para os Estados
Unidos, enquanto as importações somaram US$ 9,8 milhões, resultando em um
superávit de US$ 16,4 milhões na balança comercial bilateral”, destacou a nota.
Em 2024, as exportações do
Rio Grande do Norte para os Estados Unidos totalizaram US$ 67,1 milhões. Os dez
principais produtos exportados nesse período incluíram produtos de origem
animal impróprios para alimentação humana, caramelos e confeitos,
albacoras-bandolim frescos, outros açúcares de cana, sal marinho a granel,
querosenes de aviação, granitos, albacoras/atuns frescos, mangas frescas e
castanha de caju fresca ou seca.
As importações, por sua
vez, totalizaram US$ 76,2 milhões em 2024. Entre os produtos oriundos dos
Estados Unidos, destacam-se o óleo diesel, outras gasolinas, coque de petróleo,
copolímeros de etileno e alfa-olefina, trigo e misturas de trigo com centeio,
copolímeros de etileno e ácido acrílico, medicamentos com compostos
heterocíclicos, caldeiras aquatubulares, poli(cloreto de vinila) não misturado
com outras substâncias e medicamentos contendo produtos para fins terapêuticos.
Natal, 11 de julho de 2025
GOVERNO DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – SEDEC
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – ASSECOM
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