O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, afirmou
que o INSS ordenou a manutenção de um sistema antigo e vulnerável para aplicar
descontos associativos, mesmo após a entrega, em setembro de 2024, de uma nova
solução tecnológica mais segura. Segundo ele, a justificativa para manter os
dois sistemas operando por seis meses foi de que a transição seria complexa,
mas agora se sabe que as ordens partiram de pessoas investigadas por fraudes,
como o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado pela operação
Sem Desconto.
A Dataprev, que apenas executava ordens do INSS, diz ter todos os registros das
solicitações e os entregou à Polícia Federal. O sistema antigo permitia que
associações enviassem listas de associados, sem qualquer verificação de
autorização dos beneficiários. A nova plataforma exigia documentos
digitalizados e autenticação biométrica, eliminando as brechas usadas nos
esquemas.
Assumpção também confirmou que cerca de 170 servidores do INSS tinham poder
para desbloquear benefícios novos e permitir descontos, prática que foi usada
em larga escala, segundo as investigações. Ele nega qualquer envolvimento da
Dataprev nas irregularidades e afirma que a empresa apenas cumpriu as
determinações recebidas.
Com informações de Folha de São Paulo
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