Terceirizados da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) receberam aviso-prévio nos últimos dias. A manobra ocorre em
meio ao contingenciamento de R$ 74 milhões do orçamento da autarquia pelo
governo federal, o equivalente a 24% do montante anual.
A medida atinge terceirizados das empresas R7
Facilities – envolvida num esquema de fraude em licitações – e Connector. A
ANTT informou à coluna que essa decisão coube às empresas, limitando-se a
fiscalizar os contratos e a garantir os direitos trabalhistas.
Todos os contratos de serviço, de bens e de
manutenção também serão impactados. Há cortes previstos em acordos firmados com
gráficas e nos setores de eventos e de tecnologia da informação (TI), diante do
bloqueio de verbas.
“Essas medidas têm como objetivo garantir a
sustentabilidade econômico-financeira da instituição e a continuidade da
prestação dos serviços públicos”, explicou a ANTT. Em nota à coluna, a
Connector confirmou que todos os seus funcionários que trabalham na agência
receberam aviso-prévio.
“Estamos aguardando o que vai acontecer, mas nesse
momento todos estão de aviso! A demanda nos foi passada por corte de gastos”,
afirmou o empresário Newton Caiafa. “Estamos em dia com todas as obrigações
contratuais e continuaremos como sempre o fizemos”, prosseguiu.
Procurada, a R7 Facilities não se manifestou. Em
abril, a ANTT renovou contrato com a empresa por R$ 34 milhões. A decisão
ocorreu no mesmo mês em que a empresa se tornou alvo de operação da Polícia
Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por esquema de fraude em
licitações.
Os gastos da ANTT
O acirramento das contas ocorre ao mesmo tempo que a
ANTT registra gastos milionários. A coluna revelou em dezembro passado que a
agência gastou R$ 687,5 milhões para adquirir a sede da agência, sem licitação.
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