segunda-feira, 23 de junho de 2025

EUA pedem que América Latina defina ‘de que lado está sobre Irã antes da Assembleia da OEA

 


O governo dos Estados Unidos pressionou os países da América Latina a definirem “de que lado estão” diante da crescente tensão com o Ira, poucos dias antes da 55ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), marcada para começar nesta quarta-feira (25) em Antígua e Barbuda.

Durante uma coletiva virtual com a imprensa, uma alta funcionária do Departamento de Estado afirmou que “esta é uma grande oportunidade para que os países da região decidam se apoiarão um regime que é patrocinador estatal do terrorismo ou qual posição adotarão”. A declaração se refere diretamente ao recente bombardeio americano contra três instalações nucleares no Irã, autorizado pelo presidente Donald Trump.

A ofensiva norte-americana já provoca reações divergentes na América Latina. Chile, Colômbia e Brasil condenaram o ataque por considerarem que ele viola o direito internacional e agrava o cenário de violência. Por outro lado, a Argentina expressou apoio aos EUA, enquanto Cuba e Venezuela demonstraram solidariedade ao regime iraniano, seu tradicional aliado na região.

Questionada sobre uma possível resolução da OEA sobre o Irã, a representante americana evitou antecipar qualquer iniciativa formal, mas afirmou que “os acontecimentos do fim de semana devem ser um tema relevante na assembleia”. Ela reforçou que “cada país precisará tomar uma decisão sobre apoiar ou não um regime ligado ao terrorismo”.

A 55ª Assembleia Geral da OEA, que ocorre de 25 a 27 de junho, será a primeira sob o comando do novo secretário-geral, o surinamês Albert Ramdin.

Ele sucedeu o uruguaio Luis Almagro e se torna o primeiro caribenho a liderar a organização. Entre os principais temas da pauta está a crise política e humanitária no Haiti, além das tensões crescentes envolvendo o Irã e a presença geopolítica dos EUA e da China no continente.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou que sua delegação trabalhará para reafirmar a liderança americana no hemisfério, apoiar a governança democrática e o Estado de Direito.

 

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