Com o início da Operação
“Martelo da Meia-Noite” no sábado (21), um grupo de bombardeiros B-2 decolou de
sua base no Missouri e foi visto indo em direção à ilha de Guam, no Pacífico,
no que especialistas viram como possível pré-posicionamento para qualquer
decisão dos EUA de atacar o Irã.
Mas eles eram apenas uma
isca. O verdadeiro grupo de sete bombardeiros furtivos B-2, com asas de
morcego, voou para o leste sem ser detectado por 18 horas, mantendo as
comunicações no mínimo e reabastecendo em pleno voo, revelou o Exército dos EUA
no domingo (22).
À medida que os
bombardeiros se aproximavam do espaço aéreo iraniano, um submarino americano
lançou mais de duas dúzias de mísseis de cruzeiro Tomahawk de ataque terrestre.
Caças americanos voaram como chamarizes à frente dos bombardeiros para varrer
quaisquer caças e mísseis iranianos.
O ataque às três
principais instalações nucleares do Irã foi o maior ataque operacional já
realizado por bombardeiros furtivos B-2 e a segunda operação B-2 mais longa já
realizada, superada apenas pelas operações posteriores aos ataques de 11 de
setembro de 2001 da Al-Qaeda contra os Estados Unidos.
Os bombardeiros B-2
lançaram 14 mísseis de penetração maciça GBU-57, capazes de destruir bunkers,
cada um pesando 13.660 kg. A operação envolveu mais de 125 aeronaves militares
americanas, de acordo com o Pentágono.
Da perspectiva militar
americana, a operação foi um sucesso tático retumbante. Os iranianos não
conseguiram disparar um único tiro contra a aeronave americana e foram pegos de
surpresa, disse o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, a
repórteres no Pentágono no domingo.
“Os caças iranianos não
voaram e, ao que parece, os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos
avistaram durante toda a missão”, disse Caine. “Mantivemos o elemento
surpresa.”
Caine afirmou que as
avaliações iniciais dos danos em batalha indicaram que todos os três alvos
sofreram danos e destruição extremamente graves, mas se recusou a especular se
alguma capacidade nuclear iraniana ainda estaria intacta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário