O relatório final das investigações sobre o desvio
de dinheiro do contrato milionário entre o Corinthians e a Vai de Bet, entregue
ao Ministério Público, aponta que o PCC também fez negócios com dirigentes de
outros três clubes paulistas, incluindo do São Paulo Futebol Clube.
O documento faz parte da conclusão das investigações
sobre o desvio de R$ 1,4 milhão do contrato de patrocínio entre o Corinthians e
a empresa de apostas esportivas. Ao rastrear o caminho do dinheiro, os
policiais encontraram provas da participação de integrantes de facções criminosas
também em outros clubes, como o São Paulo Futebol Clube.
O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo,
e outras quatro pessoas foram indiciadas e devem ser denunciadas à Justiça por
promotores do Gaeco por crimes de furto, lavagem de dinheiro e associação
criminosa.
A Unidade de Inteligência da Polícia Civil montou um
diagrama de conexões que mostra os rastros que ligam criminosos ao clube.
No lado da facção criminosa Primeiro Comando da
Capital (PCC), estão Danilo Lima de Oliveira, o Tripa, Christiano Lino de
Menezes, e três pessoas assassinadas na guerra por poder no crime organizado –
os traficantes Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, Rafael Maeda Pires, o Japa
do PCC, e o delator Antonio Vinícius Gritzbach.
Tripa é apontado como operador financeiro da facção
e verdadeiro controlador da UJ Football. O dinheiro desviado do contrato com o
Corinthians foi parar na conta da UJ. Segundo o relatório, Tripa usava a
estrutura da UJ e da empresa Lion Soccer Sports para movimentar recursos de
origem ilícita e coagir empresários a ceder atletas e percentuais comerciais.
Christiano, já condenado por tráfico e roubo a
banco, é apontado como braço financeiro do PCC e, de acordo com o relatório,
auxilia nas operações da UJ.
SBT News

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