O RN chegou ao ponto crítico de ter mais famílias
dependentes do programa Bolsa Família do que trabalhadores com carteira
assinada, alertou o ex-governador e ex-senador, José
Agripino, ele citou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) e do Ministério do Desenvolvimento Social, para ilustrar o
desequilíbrio entre emprego e assistencialismo no estado.
“Temos cerca de 535 mil empregos formais e 497 mil
famílias recebendo o Bolsa Família. Isso precisa ser invertido. Não se combate
pobreza com repasse de renda apenas, mas com geração de emprego e
desenvolvimento econômico”, afirmou.
Agripino avaliou que, se não fossem os investimentos
em energia eólica e solar, o cenário seria ainda mais dramático. “Essas foram
as únicas novidades econômicas nos últimos anos. O RN é campeão nacional em
geração de energia renovável. Mas, fora isso, não houve mais nada.”
Ele vê com preocupação a estagnação econômica do RN
e critica a incapacidade do governo em liderar projetos que poderiam mudar o
quadro, como o Porto-Indústria de Caiçara do Norte, planejado para atender à
demanda da Europa por hidrogênio verde. “Essa era nossa chance. Temos sol,
vento, água e posição geográfica estratégica. Mas faltou articulação política”.
Para ele, o atual governo tem aprofundado o
desequilíbrio fiscal e não demonstra disposição para tomar medidas duras. “O
Estado está gastando mais do que arrecada e não tem política para reverter
isso. Ao contrário, está ampliando a distância entre receita e despesa.”
Agripino defende que o RN precisa criar um ambiente
de atração de investimentos, com equilíbrio fiscal e infraestrutura. “Só assim
poderemos gerar emprego, aumentar a arrecadação e diminuir a dependência de
programas de transferência de renda. O Estado existe para gerar bem-estar — e
isso começa com trabalho”.
Agora RN
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