Goodvito é
o mais novo classificado para Olympia 2025 na categoria Open. O russo, que tem
Vitaliy Ugolnikov como nome oficial, garantiu sua vaga após vencer o Arnold
Classic Brasil neste sábado (05), em São Paulo. Treinado por Fabrício Pacholok,
ele mora no Brasil há dois anos e será mais um representante do país na maior
competição de fisiculturismo do planeta.
Nascido em São Petersburgo, a segunda maior cidade
da Rússia, Goodvito começou a praticar levantamento de peso aos 16 anos de
idade. Pouco tempo depois, percebeu que gostava mais do fisiculturismo e migrou
para a modalidade. Aos 18 anos, fez sua primeira competição e, a partir daí,
passou a se destacar em eventos locais.
Sempre visto como promissor, o atleta melhorou seu
físico ao longo dos anos e chamou atenção de amantes de fisiculturismo pelo
mundo pelo tamanho corporal com tão pouca idade. Em 2020, quando tinha 22 anos,
Goodvito deu uma entrevista para o portal Fitness Volt e, na época, manifestou
o desejo de mudar de país.
As pessoas ficam muito surpresas com meu
corpo, sou diferentão e percebi isso há muito tempo. Não gostamos de caras
grandes na Rússia, então sonho em me mudar para outro país algum dia
— Goodvito, em 2020
Mesmo ainda longe, Vitaliy começou a se aproximar do
Brasil através de um treinador brasileiro. O russo fez algumas lives com
tradução simultânea para o português e fez com que os fãs brasileiros
conhecessem ainda mais sua personalidade carismática.
Goodvito veio para o Brasil em 2022 e foi acolhido
pelo país. Ele recebeu o seu pro card no final daquele ano, após vencer um
evento da Muscle Contest National. Logo após, conheceu a nutricionista mineira
Kimberlyn Souza, com quem atualmente está casado e foi responsável por ajudar
com o aprendizado da língua portuguesa. Juntos, eles têm um filho de um ano, o
pequeno Leonardo.
- Eu amo muito meu país, a Rússia, e tenho muita
saudade. Mas o Brasil é minha casa número 2. Agora eu não sei onde é melhor,
mas eu amo os dois países - falou Goodvito ao ge, logo após vencer o
Arnold Classic Brasil. Ele fala muito bem português, apenas com um pouco de
sotaque e com pequenas confusões entre a construção de uma frase ou outra.
Parceria com Fabrício Pacholok
Amante de churrasco, Goodvito se estabeleceu no
Brasil e também construiu seus laços no esporte. Além do pro card, também
fechou contratos de patrocínios e, há cerca de um ano, passou a ter Fabrício
Pacholok como treinador. Pacho, como é conhecido, é um dos mais renomados
técnicos do fisiculturismo mundial, também conhecido por treinar o brasileiro
Ramon Dino.
- Eu gosto muito do Goodvito. Ele é um cara que a
pessoa sempre pergunta o que ele tem de diferente de outros atletas, além da
genética, toda essa estrutura muscular. Ele é um cara que tem muito respeito
pelo treinador e acho que isso é cultural. É algo acima da média do que eu
estou acostumado. A gente se dá muito bem, tem uma conexão muito boa e está
fazendo um grande trabalho - disse Pacholok.
Além de Goodvito, Pacho comandará outro atleta na
categoria Open no Mr. Olympia: o estadunidense Derek Lunsford, que já venceu a
competição em duas oportunidades e, recentemente, foi campeão do Arnold Classic
Ohio. Apesar do foco principal ser em outubro, em Las Vegas, Goodvito ainda
disputará o Pittsburgh Pro, em maio.
- Quanto ao Olympia, eu digo pra você que a gente
vai fazer uma das melhores estreias da Open. A gente vai trabalhar muito
para ter o Goodvito no top-5 do Mr. Olympia este ano - finalizou Pacho.
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