Na manhã desta quinta-feira (10), o monitorado Eliá
Carneiro de Araújo protagonizou uma cena de desrespeito e desacato contra uma
policial penal feminina na Central de Monitoramento Eletrônico (Ceme), ao
comparecer à unidade para retirada da tornozeleira eletrônica após a concessão
de alvará de soltura.
Ao ser solicitado que apresentasse um documento de
identificação, o apenado exibiu um documento digital em seu celular. A policial
o orientou a guardar o aparelho, uma vez que é expressamente proibido o uso de
celulares no interior da unidade. Com tom irônico, o monitorado respondeu: “só
tenho documento no celular, minha querida”, demonstrando desdém pelas normas da
instituição.
Mesmo após nova solicitação para guardar o telefone,
o monitorado elevou o tom de voz. A servidora, mantendo a postura profissional,
alertou que aquele comportamento não era adequado em uma unidade prisional e
pediu que falasse mais baixo. No entanto, Eliá passou a gritar, exigindo que a
policial “falasse baixo”, invertendo os papéis e desrespeitando a autoridade da
servidora.
Diante da insistência do apenado em manter uma
postura hostil e desobediente, a policial se retirou para o salão de
atendimento e reforçou que, por estar sob monitoramento, ele deveria respeitar
a hierarquia da unidade. Ainda assim, Eliá continuou gritando, mandando a
policial “calar a boca” e se recusando a obedecer às ordens de cessar a
conversa.
A situação exigiu a intervenção de outros policiais
penais, que se aproximaram devido à confusão provocada pelo comportamento do
apenado. Apesar das várias ordens para que se acalmasse, Eliá persistiu em
gritar, afirmando que “aquele era o tom dele”.
Diante da resistência em obedecer às ordens legais,
foi necessária a imobilização do monitorado. Ele resistiu, mas acabou sendo
algemado e conduzido à Delegacia para autuação em flagrante por desacato e
desobediência.
Durante o embarque na viatura, Eliá demonstrou
arrependimento, reconhecendo que deveria ter mantido a calma e permitido que os
policiais penais realizassem seu trabalho sem interferência.
O caso destaca não apenas o desrespeito à autoridade
e aos procedimentos legais, mas também a necessidade constante de valorização
do trabalho dos servidores do sistema prisional, que diariamente enfrentam
situações de risco e tensão para garantir a ordem e a segurança nas unidades.

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