O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apresentou um
aditamento à denúncia que investiga o duplo homicídio do então prefeito
de João
Dias, Francisco Damião de Oliveira — conhecido como Marcelo Oliveira — e de
seu pai, Sandi Alves de Oliveira. O ataque, ocorrido em 27 de agosto de 2024,
também resultou na tentativa de homicídio do motorista Alcino Gomes da Silva. A
nova peça do processo aponta a participação de mais nove suspeitos, elevando
para 14 o número de envolvidos.
A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Promotoria de Justiça de
Delitos de Organizações Criminosas. A primeira denúncia já havia incluído
quatro acusados: Francisco Emerson Lopes da Silva, Jadson Rodrigues Rolemberg,
Heliton Leandro Barbosa da Silva e Rubens Gama da Silva. Agora, outros nomes
foram adicionados à lista de denunciados:
- Damária
Jácome de Oliveira
- Leidiane
Jácome de Oliveira
- Weverton
Claudino Batista
- Carlos
André Claudino
- Marcelo
Alves da Silva
- Everton
Renan Fernandes Dantas
- Olanir
Gama da Silva
- Thomas
Vitor Soares Pereira Tomaz
- Gildivan
Júnior da Costa
Segundo o MPRN, parte desses indivíduos já se
encontra detida em unidades prisionais nas cidades de Mossoró e Caraúbas. Os
demais seguem foragidos, entre eles, Damária Jácome e sua irmã Leidiane,
apontadas como líderes intelectuais da ação criminosa.
Motivação e estrutura da organização
De acordo com o Ministério Público, o crime teve
motivação política e pessoal, sendo caracterizado como vingança. A denúncia
afirma que o grupo denunciado fazia parte de uma organização criminosa com
estrutura hierárquica e funções previamente definidas.
As investigações revelaram que os envolvidos
planejavam não apenas o ataque que vitimou Marcelo Oliveira e seu pai, mas
também um novo atentado contra a atual prefeita da cidade, Maria de Fátima
Mesquita da Silva, conhecida como “Fatinha”, viúva do ex-prefeito assassinado.
As funções de cada membro, conforme descrito no
inquérito, foram as seguintes:
- Damária
e Leidiane Jácome: mentoras intelectuais do
plano
- Olanir
Gama da Silva: articulador do grupo
- Francisco
Emerson Lopes, Heliton Barbosa, Jadson Rolemberg e Gildivan Júnior:
executores do ataque
- Thomas
Tomaz e Rubens Gama: apoio logístico e transporte
- Weverton
Batista, Everton Dantas, Carlos Claudino e Marcelo Alves (“Pastor”):
responsáveis por fornecer recursos e informações estratégicas
Um dos suspeitos, Josenilson Martins da Silva, foi
encontrado morto em outubro de 2024, na zona rural do município de Antônio
Martins.
O crime
No dia 27 de agosto de 2024, Marcelo e o pai
realizavam visitas políticas no conjunto São Geraldo, quando foram
surpreendidos por criminosos em dois veículos. O pai morreu no local e Marcelo
foi atingido por 11 tiros, vindo a falecer após ser levado ao hospital em
Catolé do Rocha, na Paraíba. O motorista Alcino Gomes sobreviveu, mesmo
baleado.
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