A imprensa internacional tem questionado a atuação
do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e apontado
supostos poderes excessivos. A revista britânica The Economist chegou a sugerir
“moderação” à Corte em uma das duas reportagens sobre o Judiciário brasileiro
publicadas nesta semana.
A notícia é da CNN Brasil. Intitulado “A Supremo
Corte do Brasil sob julgamento”, em tradução livre, um dos textos diz que a
democracia no Brasil vem sofrendo diante do que chama de políticos “podres” ou
“corruptos”. Mas também endereça o que enxerga como outro problema: juízes com
um excesso de poder. E avalia que ninguém personifica melhor a situação do que
Alexandre de Moraes.
“Seu histórico mostra que o Poder Judiciário precisa
ser reduzido”, diz.
A The Economist avalia que a quantidade de volume de
conteúdo descontrolado na internet brasileira é avassaladora. No entanto,
considera que Moraes já se excedeu gravemente. Por exemplo, quando ordenou
ações contra empresários bolsonaristas devido ao conteúdo de mensagens
privadas.
A Economist ressalta que, até de maneira
surpreendente para quem é de fora, Moraes só trabalhou para políticos de
centro-direita antes de ingressar no Supremo. E, agora, o veículo considera
haver um componente pessoal para o que chama de campanha de Moraes.
“Uma explicação mais plausível para a campanha do
senhor Moraes é esta: é pessoal. Ele recebe constantes ameaças de morte. Essas
ameaças parecem revigorá-lo e conferiram às suas decisões um tom absolutista”,
diz trecho.
As reportagens da Economist ainda levantam pontos em
relação ao próprio Supremo. Um dos textos fala da gravidade das acusações
contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, afirma haver
“crescentes questionamentos sobre o próprio comportamento do tribunal, a
qualidade da justiça que ele oferece e a adequação de suas penas”.

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