A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
analisa nesta quinta-feira (3) o pedido da Starlink, empresa do bilionário Elon
Musk, para ampliar a sua cobertura no Brasil lançando mais 7.500 satélites não
geoestacionários.
Os satélites não geoestacionários ou de “baixa
órbita” são satélites em órbita circular em torno do planeta com velocidades de
rotação diferentes. Ou seja, para um observador em terra, o satélite se move –é
“não estacionário”.
Esses satélites têm sido usados para prover internet
de alta velocidade, conectando regiões de difícil acesso à infraestrutura de
telecomunicações tradicional.
Hoje, a Starlink tem autorização da Anatel para
operar 4.408 satélites desse tipo até 28 de março de 2027.
Em nota, a agência informou que solicitou
informações técnicas e regulatórias sobre os impactos da expansão da Starlink
no Brasil, dado o caráter estratégico da tecnologia.
Musk faz parte do governo do presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, que anunciou um “tarifaço global” contra parceiros
comerciais na quarta-feira (2). O Brasil será taxado com uma alíquota de 10%.
“O uso eficiente dos recursos de espectro e órbita,
a garantia da segurança dos dados, assim como o compliance com as normas
nacionais que regem a exploração de satélites são pontos verificados na análise
desse tipo de matéria”, disse a Anatel.
A agência destaca que esse tipo de verificação é
importante para os satélites de baixa órbita, uma vez que são tecnologias mais
recentes em relação aos satélites tradicionais, que são geoestacionários.
Contudo, segundo a Anatel, o pedido de mais análises
técnicas poderia ter sido feito “para qualquer sistema de satélites de baixa
órbita”.
“Mas a Starlink foi o primeiro grande sistema
autorizado no Brasil e é o primeiro que está solicitando expansão, motivo pelo
qual é necessário buscar informações suficientes para uma análise completa da
situação”, continuou.
Além da empresa de Musk, outras companhias estão
interessadas em oferecer esse tipo de solução no Brasil.
Em novembro de 2024, a Telebras assinou um acordo
com a chinesa SpaceSail para atuar com serviço de internet de alta velocidade
transmitida por satélites não geoestacionários.
Com informações de g1
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