A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na
manhã desta sexta-feira (28), uma operação de grande porte contra um grupo
criminoso suspeito de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. A
ação, que conta com apoio das polícias civis estaduais, inclui o cumprimento de
mandados também no Rio Grande do Norte. Ao todo, estão sendo cumpridos 19
mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão em seis estados: DF,
Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Norte e Alagoas.
As investigações, conduzidas pelo Departamento
de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) e pela Delegacia
de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do
DF, indicam que o grupo adquiria drogas em regiões de fronteira e as
distribuía para diversas unidades da federação, incluindo o RN.
Esquema criminoso e lavagem de dinheiro
Durante um ano e meio de investigações, a Polícia
Civil identificou que o grupo era dividido em núcleos espalhados pelo país. O
segmento localizado no Nordeste e no Mato Grosso do Sul desempenhava papel
fundamental no fornecimento das drogas. De acordo com as apurações, suspeitos
de Maceió (AL) mantinham associação criminosa com os alvos do Mato Grosso do
Sul, sendo responsáveis por abastecer o DF e outros estados, incluindo o Rio
Grande do Norte.
As autoridades também identificaram que um dos
chefes desse núcleo está preso na Bolívia desde 2023, após ser capturado com
granadas de uso restrito e uma aeronave carregada com cocaína. Seus familiares,
segundo as investigações, atuavam como “testas de ferro”, ocultando e
movimentando os valores obtidos ilicitamente.
Somente nos últimos três meses, uma das contas
bancárias utilizadas pela organização, registrada em nome de uma fintech de São
Paulo, movimentou R$ 300 milhões. O dinheiro, obtido através do tráfico, era
utilizado pelos suspeitos para manter padrões de vida luxuosos, com a aquisição
de imóveis de alto valor e veículos de luxo.
Prisões e possíveis condenações
Os alvos da operação podem responder pelos crimes de
integração em organização criminosa, tráfico interestadual de drogas e lavagem
de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
A ação contou com o apoio da Polícia Penal do DF e
da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além das polícias civis dos estados
envolvidos. No Rio Grande do Norte, as diligências foram realizadas em regiões
estratégicas, que ainda não tiveram os endereços revelados pelas autoridades
para não comprometer as investigações em andamento.
Com informações de g1 DF
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