Pontes vieram abaixo, pessoas foram arrastadas pela
correnteza, deslizamentos de terra deixaram casas soterradas e cidades
“desapareceram” após ficarem totalmente inundadas. Esse é o retrato do Rio
Grande do Sul com os temporais que atingem o estado desde segunda-feira (29).
Na noite de quarta (1º), o governo estadual decretou
estado de calamidade pública. A decisão, que foi publicada em edição extra do
Diário Oficial do Estado (DOE), havia sido adiantada pelo governador Eduardo
Leite (PSDB) em entrevista à BandNews TV.
A chuva não parou. Choveu mais de 400 milímetros em
algumas localidades, e a previsão é de que chovam mais 400 mm entre hoje e
sexta. Rios muito cheios, solo encharcado, infelizmente isso vai trazer o
agravamento de um quadro que já é muito dramático”, disse Leite, ressaltando
que “a prioridade é salvar vidas”.
Ao menos 10 mortes foram registradas em decorrência
dos temporais, que atingiram mais de 110 cidades. Cerca de 4,5 mil pessoas
estão desalojadas ou desabrigadas. A Força Aérea Brasileira está ajudando nos
trabalhos de resgate.
Orientações da Defesa Civil
A Defesa Civil do Estado orientou a população de
Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado e Lajeado a deixar
áreas de risco e procurar abrigos públicos ou outros espaços de segurança.
Segundo o órgão, o Rio Taquari – que já bateu
recorde superando 30 metros de cheia pela primeira vez na histórica, segundo
medição do Serviço Geológico do Brasil – deve continuar subindo.
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