Agora RN
O Governo do Rio Grande do Norte tem estimulado a
geração de energia limpa e se tornado um dos maiores representantes do setor no
país. No entanto, mesmo com diversas iniciativas e projetos para a implementação
de recursos renováveis no Estado, apenas 38 repartições públicas têm placas
fotovoltaicas, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Administração do
RN (Sead).
Com participações frequentes em diversos fóruns
nacionais e internacionais voltados para a matriz energética renovável, a
governadora Fátima Bezerra (PT) tem buscado destacar o protagonismo do RN neste
campo. Além disso, recentemente o Estado anunciou o projeto de Lei que cria o
Marco Legal do Hidrogênio Verde e da Indústria Verde, tornando-se tornando o
primeiro estado a criar um marco deste tipo. O estado é a maior potência em
operação de produção de energia
eólica no cenário nacional, representa 28,9% de toda a geração de
energia eólica do Brasil. A própria Petrobras tem estimulado a transição
energética no RN e em todo o país.
Apesar disso, conforme projeto coordenado pelo
Governo Cidadão, poucos órgãos públicos da Administração Pública Estadual foram
contemplados com a instalação de placas fotovoltaicas para usufruto de energia
limpa. Segundo dados do Projeto, foram 38 unidades governamentais contempladas,
entre escolas, Centrais do Cidadão e secretarias estaduais.
Atualmente, das 586 escolas públicas da rede estadual de ensino do Rio Grande
do Norte, apenas seis possuem as placas solares (fotovoltaicas). Dos 21
hospitais administrados pelo governo do Estado, só três utilizam energia
através de placas.
Os outros 29 prédios estão divididos em Centrais do
Cidadão e prédios administrativos e o Laboratório de Anatomia Patológica do
estado. O número revela um déficit na implementação de energias renováveis pelo
governo para a geração do desenvolvimento ambiental no estado.
Por meio de nota, a própria Secretaria de Estado da
Administração reconhece que o Governo “entende a importância da utilização de
energia limpa e vai iniciar estudos para ampliar a instalação dessas placas em
demais órgãos, de modo a contribuir para a economia energética e benefício do meio
ambiente.”
O coordenador de desenvolvimento energético da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec/RN), Hugo
Fonseca, afirmou que por ter vários ativos divididos dentro do Estado, o
governo precisa de um plano de eficiência energética, o que demora mais a ser
implementado como todo.
“Não adianta fazer uma solução descentralizada, só
em um prédio ou em outro, porque nem todos os prédios, seja ele repartições
públicas do Centro Administrativo, seja ele escolas, delegacia, hospital, posto
de saúde, ou unidade básica, nem todos eles têm capacidade de receber
microssistemas de geração de energia solar fotovoltaica, seja pela estrutura ou
pela posição dele que às vezes possa dar sombreamento, enfim são várias
situações técnicas. O Estado precisa de um plano de eficiência energética”,
explicou Fonseca.
Segundo o coordenador, este plano custa recursos
financeiros vinculados ao processo como todo. “No Estado nós apresentamos uma
proposta para o governo de realização do plano de eficiência energética e isso
custa dinheiro. Então o Estado tem que analisar qual é a melhor opção para
implementação, está sendo definido qual o modelo se enquadra melhor para RN”,
disse.

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