Fonte - Femurn
Prefeituras do Rio Grande do Norte fecharão suas
portas em 30 de agosto, a fim de chamar a atenção da população e da classe
política para o atendimento de cinco pautas em tramitação no Congresso
Nacional, como o aumento da participação no bolo tributário nacional, a
começar da elevação em 1,5% das receitas do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), a ocorrer em março de cada ano, e que passaria de 22,5%
para 24%.
O presidente da Federação dos Municípios do Rio
Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos, disse que 115 dos 167 prefeitos
potiguares já confirmaram adesão à paralisação das atividades administrativas e
de outros serviços, “mantendo-se apenas a prestação de serviços à população nas
área de urgência e emergência de saúde”.
Segundo Santos, a União fica, praticamente, com 70%
do bolo tributário, enquanto 18% dos recursos tributários é distribuído para os
municípios brasileiros, que têm situação agravada com a queda dos recursos do
FPM, que no Rio Grande do Norte é a principal fonte de renda para
147 situados semiárido, dos quais 129 estão na faixa de 0,6 e 0,8, as mais
baixas da tabela de distribuição do Fundo de Participação.
Estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
já apontou que 51% das prefeituras no país estão no vermelho. Em 2022, esse
percentual era de 7% no mesmo período.
Segundo a CNM, a segunda cota do FPM repassada na
sexta-feira (18) apresentou crescimento de 34,15% comparado ao mesmo período do
ano anterior, sem considerar a inflação.
No entanto, a CNM levantou que na soma do 1º e 2º
decêndios de agosto, o fundo está em a queda de 17,01% dentro do mês, se
comparado ao mesmo período de 2022, levando-se em conta a inflação do período.
Nas redes sociais, o deputado federal Robinson Faria
(PL) já antecipou apoio à pauta dos municípios: “O FPM é fundamental para o
desenvolvimento dos municípios, especialmente os menores, que têm o Fundo de
Participação como principal fonte de receita”.
Farias disse que está atento à situação das
prefeituras do Rio Grande do Norte “e unindo esforços para apoiá-las, o
crescimento do Brasil passa pelo fortalecimento dos municípios”.
Luciano Santos explica que os municípios também
reivindicam a exclusão do cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)
despesas com pessoal terceirizado, além da redução para 8% das
contribuições patronais pagas à previdência social pelo municípios com menos de
142.633 habitantes.
As cinco pautas municipais
PEC nº 25/2022 - Altera o art. 159 da CF para
aumentar 1,5% o FPM, passando de 22,5% para 24%.
PL nº 2.384/2023 - Dispõe sobre a conformidade
tributária no âmbito da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil no
Ministério da Fazenda Nacional.
PL nº 98/2023 - Exclui da LRPF o raciocínio do
conjunto da despesa com pessoal das empresas prestadoras de serviços
terceirizados.
PEC nº 45/2019 - Reforma Tributária Nacional com
imunidade tributária plena e isenção de ICMS, IR, IPI, PIS/PASEP e COFINS e
equilíbrio tributário.
PL nº 334/2023 - Estabelece redução de
alíquota para 8% das contribuições sociais pagas ao RGPS pelos Municípios com
menos de 142.633 habitantes.
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