O deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade)
afirmou nesta quarta-feira (23), em sessão na Assembleia Legislativa, que o
Banco do Brasil suspendeu mais uma vez a liberação de empréstimos
consignados aos servidores públicos do Rio Grande do Norte por falta de
pagamento.
Segundo o deputado, informações oficiais sobre o
débito do Governo do Estado com as instituições financeiras foram solicitadas,
mas que ainda não recebeu respostas.
“Tem sido um problema recorrente de apropriação
indébita do Governo do Estado, que só tem falado da resolução com o Banco do
Brasil, mas são mais de 100 instituições financeiras credenciadas, queremos
saber como está o repasse para essas outras também”, afirmou o deputado.
A informação do bloqueio para empréstimos foi
confirmada pela Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta
(Sinsp/RN), Janeayre Souto. Segundo ela, o motivo informado pelo Banco do
Brasil suspender novamente foi a falta de pagamento pelo governo.
“Dois meses após a venda da folha, mais uma vez os
empréstimos foram bloqueados, dessa vez por falta de pagamento. Exigimos e
cobramos respeito por parte dos gestores estaduais para com os servidores
públicos”, afirmou Janeayre.
O Governo do Rio Grande do Norte confirmou a
suspensão dos empréstimos, mas não explicou os motivos para a falta de
pagamento.
Ainda de acordo com o deputado Luiz Eduardo
(Solidariedade), será protocolado um novo convite ao secretário de Estado da
Fazenda (Sefaz), Carlos Eduardo Xavier, para que retorne à Assembleia
Legislativa no dia 6 de setembro, visando sanar dúvidas que ainda existem sobre
o pagamento dos empréstimos consignados.
Conta vendida
No dia 30 de maio, a governo do Rio Grande do
Norte a
venda da operação da folha de pagamento dos servidores ao Banco do Brasil por
R$ 257 milhões. A venda foi antecipada pelo Estado como alternativa para
quitar a dívida por conta do atraso nos pagamentos dos empréstimos consignados
feitos por servidores públicos.
A venda aconteceu como alternativa à quitação de 150
milhões com a instituição financeira por conta do atraso no pagamento dos
empréstimos consignados, que acontecia desde agosto de 2022.
Dois meses após a venda, em julho deste ano, o Banco
do Brasil voltou a bloquear a contratação de empréstimos. A época, o secretário
estadual da Fazenda (Sefaz), Carlos Eduardo Xavier, explicou que o motivo da suspensão
foi a mudança na data de pagamento das parcelas.
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