Fonte: Folha de São Paulo
Repetidas bicadinhas na janela e o canto de um
pássaro invadem o quarto em Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte.
A tranquilidade na região e as paisagens de serra,
com pedras gigantes, somam-se a temperaturas que já registraram, no inverno,
mínimas de 13ºC. O município, com cerca de 2.000 habitantes, está localizado
500 metros acima do nível do mar e a 123 km de Natal.
É o ponto mais alto de um roteiro chamado Paraísos
do Agreste e, nele, destaca a guia Mara Marques, os turistas procuram o mesmo
que ela buscou quando chegou há quase uma década: “Sossego, charme e o clima
maravilhoso”.
Visitantes —principalmente de Natal, Paraíba e
Pernambuco—, movimentam o turismo, visto ainda como emergente. Holandeses que
passam pela praia de Pipa e outros estrangeiros também já incluíram Gameleiras
na rota.
A Europa tem sido não só origem de turistas, mas
inspiração para hospedagens, que começam a se multiplicar.
Uma lei municipal de 2015 reconheceu parte da região
como “vila rural holandesa”. A referência principal foi a primeira pousada a
abrir, exibindo, até hoje, um grande moinho de vento, arquitetura e tamancos
típicos do país europeu, aquecedores e uma lareira no restaurante.
“O fluxo no inverno aumenta e muito. Todas as
pousadas têm sua ocupação de quase 100%. E, no verão, não temos do que
reclamar”, afirma o empresário Júnior Gurgel.
A pousada de Gurgel foi aberta quando o roteiro
turístico ainda nascia. Para descrever o momento que o setor vive, ele cita
conversas que tinha com um mototaxista. “Ele parava meu carro e dizia ‘neste
final de semana subiram quatro carros’. Hoje, ele já não consegue fazer a
conta.”
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