CNN Brasil
Um estudo divulgado nesta sexta-feira (24), pelo
Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), aponta que a taxa
de desemprego recuou em abril e chegou a 9,4%. O dado foi calculado
pelo órgão a partir dos números trimestrais da Pesquisa Nacional por Amostral
de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, (IBGE). Esse é o menor nível registrado desde outubro de 2015.
A análise interanual aponta que a taxa de
desocupação recuou 4,9% pontos percentuais em relação a 2021. A população
ocupada em abril alcançou 97,8 milhões de trabalhadores, o índice mais alto
desde o início da PNAD, em 2012. A força de trabalho cresceu 3,7% de janeiro e
abril e atingiu 109,1 milhões de pessoas, maior contingente já apurado na
pesquisa.
Atualmente, segundo o trabalho, são cerca de 11
milhões de pessoas desempregadas pelo país. A retomada do emprego é
classificada como generalizada: ocorre em todas as regiões, segmentos etários,
educacionais e atinge todos os setores da economia. No entanto, ela é mais acelerada
nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde as taxas de desemprego são de 8,5% na
primeira e de 11,1% na segunda.
Nacionalmente, os mais jovens foram os mais
beneficiados pela redução: a taxa de desemprego neste grupo, que chegou a 30%
no primeiro trimestre, caiu para 22,8%. No entanto, ainda é mais que o dobro do
índice registrado na população brasileira em geral.
Foram analisados 13 setores econômicos no primeiro
trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, e seis deles
apresentaram crescimento de ocupação superior a 10%. Os destaques foram os
segmentos de alojamento e alimentação (32,5%), serviços pessoais (19,5%) e
domésticos (19,4%).
O trabalho apontou ainda redução no desalento:
classificação utilizada para incluir as pessoas que gostariam de trabalhar, mas
desistiram de procurar emprego por acreditar que não seria possível encontrar
um posto de trabalho. A proporção de desalentados recuou de 5,1% para 3,7% e
representa um total de 4,2 milhões de pessoas. É o menor total desde setembro de
2017.
Cerca de 6,5% da população trabalha menos de 40
horas semanais e gostaria de trabalhar mais. Essa é a classificação de
subocupados: eles são 6,4 milhões de pessoas. O dado atual reflete uma queda de
1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2021.
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