O líder o governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), disse nesta quinta-feira (23) que a equipe econômica do governo avalia a possibilidade de não levar adiante a proposta de compensação integral aos estados e municípios que zerarem as alíquotas de ICMS sobre o diesel.
Segundo ele, embora seja considerada pelo Ministério da Economia a melhor proposta, os cerca R$ 30 bilhões que inicialmente seriam utilizados no ressarcimento dos estados deverão financiar a ampliação de programas sociais como o Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600, e para ampliar o valor do Auxílio-Gás, hoje de R$ 53, por causa da resistência por parte de governadores à medida. A ideia, ainda segundo o líder, é criar um voucher no valor de R$1 mil para compensar os caminhoneiros.
“Há um receio de que os governadores, pelos últimos
gestos, não tenham a mesma sensibilidade com a população. E por isso, como é
uma PEC autorizativa para aqueles que zerarem o ICMS do diesel, é importante
que ela seja eficaz. E, se há esse receio, existem outros mecanismos que estão
sendo, por iniciativa de diversos senadores, avaliados, e há uma convergência
para que se chegue na ponta ao consumidor”, explicou.
Ao ser perguntado se a concessão dos benefícios não
poderiam resultar em problemas com a legislação eleitoral, Portinho avaliou que
não. Segundo ele, dois programas já existem e seriam apenas ampliados. Já o
voucher teria respaldo no “momento de emergência internacional”.
O assunto foi discutido em uma reunião virtual, na
manhã de hoje, entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e
líderes da base e da oposição. Pela proposta original, apresentada por Portinho
no início de junho, estava previsto um repasse da União aos estados e ao
Distrito Federal no valor de até R$ 29,6 bilhões, e caso a perda de arrecadação
ultrapassasse esse montante, não haveria compensação da diferença. A
desoneração não seria obrigatória, e os estados ficariam livres para aderir ou
não.
Com base nas contas que serão feitas pelo Ministério
da Economia, o relator da proposta, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), deve
apresentar um relatório para ser colocado em votação já na semana que vem. A
preocupação é de que as medias não extrapolem o teto de gastos.
Fonte: Agência
Brasil
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