Quase dois meses após realizar um sepultamento em
Natal, uma família descobriu que enterrou um corpo errado, no lugar do seu
Cícero Gomes, de 68 anos, que morreu vítima de câncer. O motivo foi um erro no
Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).
De acordo com o filho de Cícero, o autônomo Alexandre
de Morais, o pai estava em tratamento de câncer de pele e morreu no dia 6 de
janeiro em uma unidade de saúde da Zona Norte de Natal.
Como seu Cícero não tinha documento de identidade, o
corpo foi levado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) e só foi
liberado para a família cerca de 10 dias depois, após uma decisão judicial
determinar a liberação para sepultamento.
A família foi até o Itep para receber o corpo do seu
Cícero, mas a família não abriu o caixão, devido à situação em que o corpo já
estava. O sepultamento aconteceu no cemitério do Igapó.
Porém, na última terça-feira (8), Alexandre foi
chamado no Itep e foi informado de que o corpo que tinha sepultado era de outra
pessoa. O erro foi percebido pelo próprio órgão.
"Foi toda a família para o enterro. Já estava
amenizando (a dor do luto), mas agora vai ser outro sofrimento, porque vamos
ter que fazer outro", lamentou o filho.
O caso foi confirmado pelo Itep. Em nota, o órgão
afirmou que, no dia da liberação havia dois corpos sem identificação na
unidade, ambos liberados por alvará judicial.
"No momento de entregar os corpos para as
famílias, apenas uma família apareceu. A funcionária do Itep responsável por
fazer a liberação, acabou confundindo o número do NIC (Número de Identificação
Cadavérica) e entregou o corpo errado para a família. Os números do NIC dos
referidos corpos se diferenciavam por apenas um número", informou o órgão.
"O Itep arcará com todos os custos referentes
ao enterro e lamenta que a família tenha passado por tal situação, que não
condiz com o trabalho de excelência que o órgão procura oferecer para a
população", concluiu a nota.
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