Geração de emprego e renda, estímulos ao crescimento
econômico e fiscal e fortalecimento das redes de atenção à saúde. Esses são
alguns dos planos e projetos apresentados pelo pré-candidato ao governo do Rio
Grande do Norte pelo Solidariedade, Brenno Queiroga. Ele também teceu críticas
à gestão de Fátima Bezerra (PT) e afirmou que ela perdeu a chance de fazer uma
boa administração estadual.
Em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta
quarta-feira 8, Brenno contou o que pretende fazer caso seja eleito governador
do Estado, as primeiras medidas na área da Saúde, sempre crítica, e suas
propostas para alavancar o crescimento econômico-financeiro potiguar, além de
ter destacado uma lista de obras estruturantes que pretende realizar no Rio
Grande do Norte.
AGORA RN – Caso o senhor seja eleito governador do Rio Grande do Norte, o que pretende fazer?
Brenno Queiroga – Temos um pacote de leis, contratos
e reformas catalogados para implementar já no primeiro ano de gestão,
permitindo, principalmente, a modernização e governança da máquina pública,
tornando-a mais eficiente, moderna e transparente, além de estimular a
iniciativa privada a gerar muitos empregos no RN.
AGORA RN – Quais as primeiras medidas, concretas, que o senhor tomará logo após assumir, para mudar a situação na Saúde Pública do Estado?
Brenno Queiroga – Vamos dialogar fortemente com os
municípios para implementar as redes de atenção à saúde, iniciando pela Rede de
Urgência e Emergência, fortalecendo os municípios e os hospitais regionais
nesse processo.
AGORA RN – Quais são suas propostas para alavancar o crescimento econômico do Estado?
Brenno Queiroga – Gerar empregos, tornando o RN o
melhor Estado para se abrir empresa no Brasil, com um amplo programa de
desburocratização da máquina pública, política tributária inteligente (com
redução gradativa das alíquotas setoriais, usando, para isso, parte do aumento
anual de arrecadação), muita liberdade econômica e um grande programa de
parcerias público-privadas, qualificação competitiva melhorando a qualidade do
ensino público de nível médio e ampliando o número de matrículas técnico e
profissionalizante. Vamos implementar um amplo programa de investimento, em
diálogo intenso com o setor produtivo, valorizando a engenharia e arquitetura
do Estado, permitindo assim a construção de um banco de projetos estruturantes
de qualidade, baseado em estudos como o Mais RN da Fiern, para trazer e usar
rapidamente muitos recursos de Brasília e de instituições financeiras para
execução de obras estruturantes, com forte investimento em estradas, logística,
comunicação e tecnologia. E também muitas parcerias público-privada, para
entrega da gestão de várias unidades de atendimento à iniciativa privada,
aumentando o investimento privado, a eficiência do uso do recurso público e
melhorando a qualidade do serviço ao cidadão.
AGORA RN – Sobre obras estruturantes, quais serão suas prioridades?
Brenno Queiroga – Investiremos, com recursos
próprios, cerca de R$ 400 milhões na execução imediata e continuada das
estradas estaduais do RN; implementação imediata do plano de manutenção das
unidades do Estado com um investimento inicial de R$ 250 milhões na manutenção,
reforma e/ou adequação imediata dos 20 hospitais regionais, 586 escolas, mais
de 65 prédios da Polícia Militar, dos mais de 135 prédios da Polícia Civil,
além de outros prédios públicos, com contratos modernos e céleres;
investimentos, com recursos federais ou linhas de crédito. Também a elaboração,
em parceria com a iniciativa privada, o setor produtivo e a universidade, de um
banco de projetos estruturantes para captar recursos federais e em instituições
financeiras, para execução de obras estruturantes importantes previstas no
programa Mais RN da Fiern; investimento, com recursos da iniciativa privada,
através de concessões e parcerias público-privadas e de políticas setoriais de
estímulo, de ações estruturantes importantes do mesmo programa. Além da criação
do complexo minero-químico; implantação de um HUB de passageiros e cargas no
Aeroporto Aluízio Alves; construção da ferrovia Mossoró-Natal, do novo porto do
Litoral Norte, ferrovia Caicó-novo porto e reativação da ferrovia Macau-Afonso
Bezerra; aprimoramento do Terminal Pesqueiro; implantação de um centro
logístico intermodal em Mossoró; construção do gasoduto Assú-Seridó;
implantação do cinturão digital, da Giga Metrópole e da internet nos polos
regionais, com sua consequente expansão.
AGORA RN – Voltando ao presente, qual é a sua avaliação sobre a gestão da governadora Fátima Bezerra? Se fosse atribuir uma nota, qual seria?
Brenno Queiroga – A nota é 3. E a avaliação é de que
o governo de Fátima foi abaixo de medíocre, mesmo diante da oportunidade ímpar
que ela teve de melhorar o RN, mas que desperdiçou, já que o Estado teve o
maior excesso de receita de sua história, com mais de R$ 12 bilhões, acima do
esperado acumulados até aqui, já descontada a inflação. Com esse valor, ela
poderia ter pago, já no primeiro ano, três vezes as folhas que estavam em
atraso do governo anterior, ou pagar 12 vezes o aumento dos professores, ou ter
recuperado e adequado 12 vezes todos os mais de 1,7 mil quilômetros de estradas
pavimentadas e construído as vias importantes para o desenvolvimento do Estado,
ou ter implementado um plano de manutenção das unidades do RN, além de ter
reformado e adequado todos os prédios públicos pelo menos 20 vezes,
especialmente escolas, hospitais, batalhões e delegacias. Ou ter modernizado a
Segurança Pública com muita tecnologia, integração de informações, boas
viaturas, capacitação continuada dos servidores, dentre outras medidas importantes.
E o que Fátima fez? Nada! Apenas aumentou os gastos fixos do Estado e investiu
menos de 1% desse valor. Vai fazer agora aquele asfalto “sonrisal” de véspera
de eleição, que, na primeira chuva no ano que vem, se acaba. l
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