FOLHAPRESS
A francesa Duralex, conhecida por seus vidros
temperados exportados para diversos países, entrou em recuperação
judicial. No Brasil, a marca é lembrada pelos pratos, copos e vasilhas em
tom escuro, quase marrom.
A decisão foi confirmada pelo tribunal de comércio da
cidade de Orléans, na França, na quarta-feira (23). Antes, segundo o jornal “Le
Monde”, houve um período de observação de seis meses.
A sede da empresa fica na cidade de La
Chapelle-Saint-Mesmin, no estado francês de Loiret. Antoine Ioannidès,
presidente da Duralex, disse que os 248 funcionários continuarão trabalhando e
recebendo seus salários.
Em comunicado encaminhado aos funcionários, a empresa
afirmou que as dívidas foram congeladas no dia da abertura do procedimento de
recuperação judicial. “Depois que os representantes legais fizerem o
levantamento de todos os créditos, a empresa terá como apresentar o plano de
recuperação”, disse a Duralex, na nota.
A empresa vinha sofrendo com grandes problemas de
caixa desde que precisou reduzir, por mais de um ano, sua produção devido a um
problema em um forno em 2017.
Ao jornal francês Le Monde, Antoine Ioannidès disse
que essa situação foi agradava pela crise do coronavírus. “Nós perdemos cerca
de 60% de nossos negócios com a interrupção das exportações, que representavam
80% de nossa atividade”, afirmou. Segundo ele, potenciais compradores
apareceram.
No Brasil, a marca Duralex pertence à Nadir Figueiredo
desde 2011, quando a fabricante brasileira comprou a Santa Marina e incorporou,
além da própria Duralex, a Marinex. Em 2019, a Nadir foi comprada por uma
gestora de fundos americana, a HIG Capital.
A recuperação judicial da fábrica francesa não terá
efeitos no Brasil, informou à Folha a Nadir Figueiredo.
“A marca Duralex na América do Sul pertence à Nadir
Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado”,
disse, em nota. “Os produtos da marca Duralex como os pratos, xícaras e a linda
linha de mesa Duralex Opaline continuarão trazendo beleza à mesa dos
consumidores.”

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