FOLHAPRESS
A informação
divulgada na noite desta sexta-feira (1º) de que o ex-ministro Sergio Moro prestará depoimento à
Polícia Federal neste sábado (2), em Curitiba, para falar sobre as acusações
feitas contra o presidente Jair Bolsonaro ao sair do governo elevou a tensão
nas redes sociais bolsonaristas.
Domina por lá a
narrativa de que há um golpe de Estado em curso arregimentado pelo STF (Supremo
Tribunal Federal), que nos últimos dias impôs uma série de derrotas a
Bolsonaro, como a suspensão
da posse de Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da
Polícia Federal e a derrubada das restrições à
Lei de Acesso à Informação.
A movimentação é grande nas últimas
horas e deve crescer exponencialmente a partir da manhã deste sábado. Há um
verdadeiro chamado para um grande ato em Brasília para impedir a realização
desse golpe de Estado que estaria em curso, segundo a visão
bolsonarista.
A expectativa
para o depoimento é grande, uma vez que Moro promete levar provas contundentes
contra Bolsonaro, que, segundo o ex-ministro, agiu para interferir
na Polícia Federal, órgão que investiga envolvimento dos filhos Carlos e
Eduardo como articuladores em esquema de
propagação em massa de fake news.
As hashtags #GolpedeEstado e #GolpedoSTF
figuram entre os assuntos do momento no início da madrugada deste sábado, com
mais de 250 mil tuítes somando as duas.
Não é a primeira vez que a órbita em
torno do presidente proclama, nas redes sociais, uma ameaça de golpe. Mas,
sem dúvida, é uma das mais incisivas. A crise política no governo é, de
fato, a maior desde janeiro de 2019, o que faz com que tudo ganhe maior
ressonância.
O protesto bolsonarista é contra,
também, as Forças Armadas, que, segundo eles, não estariam apoiando
Bolsonaro num momento de xeque-mate contra o presidente.
Lembrando
que começar um processo de impeachment contra
Bolsonaro ainda não é consenso entre a elite jurídica, política
e intelectual do Brasil, apesar de o presidente da Câmara Rodrigo Maia já ter
em mãos mais de 25 pedidos. Basta apenas um “sim” para que um deles comece a
tramitar e caminhe para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Renan Santos, um dos fundadores do MBL,
diz já ter avisado autoridades contra uma possível reação exacerbada pelo
lado bolsonarista.
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