Ainda dentro da aeronave, Coutinho recebeu voz de
prisão pelos agentes da Polícia Federal, segundo fontes do Blog do BG. Na
viatura, o ex-governador deixou o aeroporto pela saída lateral, sem passar pela
área de desembarque, e seguiu no início da madrugada desta sexta-feira, com
destino à Superintendência da PF, em João Pessoa.
Uma imagem disponibilizada pelo movimento Renovação
Patriótica, divulgada inicialmente pelo blog do jornalista Janildo Silva,
mostrou Ricardo Coutinho ao lado da mulher, Amanda Rodrigues, minutos antes de
embarcar no Aeroporto de Lisboa.
Alvo da Operação Calvário, ele é apontado pelo MPF
como chefe de uma organização criminosa que, em parceria com a Cruz Vermelha,
desviou R$ 134 milhões da Saúde estadual.
Durante a sétima fase da Operação Calvário, da Polícia
Federal, que foi deflagrada na manhã dessa terça-feira (17), na Paraíba, foram
cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva,
nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.
Além de Ricardo Coutinho, deputados, prefeitos e secretários são alvos da
‘Operação Calvário – Juízo Final’.
O desembargador Ricardo Vital havia determinado a
prisão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), dos ex-secretários Waldson de
Sousa, Gilberto Carneiro, Cláudia Veras, Coriolano Coutinho, o advogado
Francisco das Chagas, da prefeita do Conde Márcia Lucena, a deputada estadual
Estela Bezerra, entre outros. Ricardo Coutinho estava fora do país e foi
considerado foragido da justiça, na lista vermelha da Interpol.
O argumento da defesa, é que os fatos listados na
decisão do desembargador Ricardo Vital, relator do processo no Tribunal de
Justiça da Paraíba, não são suficientes para justificar a prisão preventiva. E
para isso, levanta uma série de pontos, como por exemplo, que a questão da
garantia da ordem pública não se justifica, pelo fato de Ricardo não ter mais
relações com o Governo do Estado, destacando o rompimento entre ele e o
governador João Azevêdo (sem partido).
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