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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Ex-governador Ricardo Coutinho desembarca em Natal e recebe voz de prisão ainda dentro da aeronave

O ex-governador Ricardo Coutinho está preso. Após um atraso, ele finalmente desembarcou, por volta das 23h45, no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, num voo da TAP vindo de Lisboa.

Ainda dentro da aeronave, Coutinho recebeu voz de prisão pelos agentes da Polícia Federal, segundo fontes do Blog do BG. Na viatura, o ex-governador deixou o aeroporto pela saída lateral, sem passar pela área de desembarque, e seguiu no início da madrugada desta sexta-feira, com destino à Superintendência da PF, em João Pessoa.

Uma imagem disponibilizada pelo movimento Renovação Patriótica, divulgada inicialmente pelo blog do jornalista Janildo Silva, mostrou Ricardo Coutinho ao lado da mulher, Amanda Rodrigues, minutos antes de embarcar no Aeroporto de Lisboa.




Alvo da Operação Calvário, ele é apontado pelo MPF como chefe de uma organização criminosa que, em parceria com a Cruz Vermelha, desviou R$ 134 milhões da Saúde estadual.

Durante a sétima fase da Operação Calvário, da Polícia Federal, que foi deflagrada na manhã dessa terça-feira (17), na Paraíba, foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná. Além de Ricardo Coutinho, deputados, prefeitos e secretários são alvos da ‘Operação Calvário – Juízo Final’.

O desembargador Ricardo Vital havia determinado a prisão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), dos ex-secretários Waldson de Sousa, Gilberto Carneiro, Cláudia Veras, Coriolano Coutinho, o advogado Francisco das Chagas, da prefeita do Conde Márcia Lucena, a deputada estadual Estela Bezerra, entre outros. Ricardo Coutinho estava fora do país e foi considerado foragido da justiça, na lista vermelha da Interpol.

O argumento da defesa, é que os fatos listados na decisão do desembargador Ricardo Vital, relator do processo no Tribunal de Justiça da Paraíba, não são suficientes para justificar a prisão preventiva. E para isso, levanta uma série de pontos, como por exemplo, que a questão da garantia da ordem pública não se justifica, pelo fato de Ricardo não ter mais relações com o Governo do Estado, destacando o rompimento entre ele e o governador João Azevêdo (sem partido).



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