O Senai-RN anunciou que pretende ofertar 800 novas
vagas em 2026 voltadas à formação de jovens aprendizes em diversas áreas
ligadas à indústria. Além das capacitações já oferecidas, como assistente
administrativo, costureiro industrial do vestuário, operador polivalente têxtil
e auxiliar de linha de produção, serão incluídas as formações de técnico em
eletromecânica, eletricista de manutenção, assistente de logística e assistente
de gerenciamento de obras. A previsão é de que as matrículas comecem em 26 de
janeiro. Ao todo, serão 29 turmas, com início das aulas programado para
diferentes períodos, a partir de 2 de fevereiro.
A oferta, no entanto, está condicionada à
solicitação das empresas, as quais devem informar – por meio de carta ou e-mail
– as próprias necessidades de vagas ao Senai. Cada turma terá capacidade para
cerca de 25 pessoas. O anúncio sobre o planejamento para as capacitações foi
feito durante um encontro que reuniu representantes da Unidade de Educação do
Senai e de indústrias que atuam na capital e na Região Metropolitana. Marcela
Duarte, coordenadora de Educação do Senai em Natal, ressaltou a importância de as
empresas saberem que a instituição possui um portfólio diversificado, alinhado
às demandas do mercado.
“O Senai é uma instituição focada na indústria e tem
o objetivo de qualificar profissionais para o mercado de trabalho. Nós não
atuamos só com a aprendizagem, temos cursos nas áreas de alimentos, gestão,
vestuário, construção civil, elétrica, refrigeração, mecânica, segurança do
trabalho e energias renováveis. Vamos muito além do curso de assistente
administrativo, que as empresas solicitam bastante”, falou Marcela Duarte.
“Nosso objetivo é discutir, refletir e analisar,
para começar 2026 com uma atuação mais estreita com a indústria e com
assertividade nos cursos que estamos propondo para o jovem aprendiz”,
acrescentou.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram a
importância da qualificação de jovens aprendizes. Somente o Rio Grande do Norte
contabilizou, até outubro deste ano, cerca de 8,7 mil aprendizes, com salário
médio real de admissão de R$ 836,56. Na distribuição por setores da economia,
17,4% estão na agropecuária, 13,2% nos serviços, 11,6% na construção civil, 7%
no comércio e 2,4% na indústria.
A aprendizagem profissional é, segundo o governo
federal, uma política pública de inclusão de adolescentes e jovens de 14 a 24
anos e de pessoas com deficiência – sem limite de idade – no mercado de
trabalho. O número máximo de novas vagas que o Senai-RN planeja ofertar em 2026
corresponde a projeções de atendimento pelo Programa de Aprendizagem,
regulamentado pela Lei 10.097/2000, e representa uma ampliação de 70,21% nas
vagas em relação às registradas em 2025.
Apenas entre os anos de 2024 e 2025, o Senai-RN
contabilizou, em Natal, cerca de 1.067 matrículas em cursos de aprendizagem, a
maioria para formação de costureiros industriais do vestuário, de assistentes
administrativos e de operadores polivalentes da indústria têxtil. Também foram
realizadas matrículas para cursos de auxiliar de linha de produção e assistente
de logística.
Necessidade de vagas
De acordo com o Senai, a empresa, após avaliar a
própria necessidade de contratação de aprendizes, envia uma carta ou e-mail de
demanda para a instituição informando o número de vagas que pretende abrir. Com
a carta em mãos, o Senai avalia os cursos e turmas possíveis para a oferta e
informa à empresa para que ela possa iniciar o processo seletivo.
Os aprendizes selecionados formalizam contrato com a
empresa e são encaminhados para matrícula no Senai, onde iniciam uma jornada de
atividades teóricas e práticas, desenvolvem conhecimentos técnicos, habilidades
socioemocionais e noções de inovação e empreendedorismo. Em Natal, o período de
reserva de vagas que as empresas devem considerar para os cursos varia de
acordo com a área.
Para 2026, esse calendário começa no dia 12 de
janeiro, com matrículas previstas a partir do dia 26 do mesmo mês. Além da
formação no Senai, o aprendiz tem a oportunidade de atuar dentro da indústria,
com a orientação de um monitor e acompanhamento da equipe pedagógica da
instituição, o que garante uma experiência real do mercado de trabalho para o
aprendiz enquanto as empresas ganham um banco de talentos preparado, sem custo
e sem perda de tempo com processos seletivos.

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