Prefeitura anuncia abertura do Mercado da Redinha para o verão

 

A Prefeitura do Natal vai reabrir o Mercado da Redinha em caráter temporário, do dia 22 de dezembro ao dia 22 de fevereiro, especialmente para a alta temporada. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (3), durante coletiva de imprensa, no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão. A iniciativa é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura, o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), por meio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio). A Prefeitura será responsável pela administração do Mercado durante o período. Ainda não há previsão para o lançamento da concessão definitiva e a abertura permanente.

 “Nós acreditamos que esse é um modelo que vai atender a todos que possam usufruir do mercado, não só o cidadão natalense, mas os turistas, os permissionários, a comunidade da Redinha e também para que o mercado atenda a finalidade para a qual ele foi construído”, compartilha o Secretário Municipal de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovação (SEPAE), Arthur Dutra.

Durante o verão, a participação do Senac se dará no âmbito da promoção à capacitação dos permissionários quanto à gestão de negócios. “Quando falamos da gestão de um quiosque, estamos falando de um negócio que compra, que vende, que forma preço e que tem produtos que precisam ser desenvolvidos, especialmente no âmbito da alimentação”, explicou o diretor executivo da Fecomércio, Laumir Barreto.

Ele detalha o objetivo da iniciativa: “Queremos melhor preparar de forma não só técnica, mas também sob o aspecto de gestão, esses permissionários”. As aulas serão realizadas na Escola de Gastronomia do Barreira Roxa, de forma totalmente gratuita.

Já a participação do Sesc será na contribuição do movimento do Mercado, com um palco Sesc que contará com programações culturais e musicais. De acordo com o diretor executivo, o espaço contará também com três unidades móveis do Sesc: de saúde, com 20 especialidades; cultura, com biblioteca de livros voltados para jovens e crianças; e educação, com um oceanário que promove o ensino da biodiversidade marinha e preservação de recursos oceânicos.

Outras ações na área de entretenimento e lazer também são esperadas, segundo Barreto. Toda a programação é aberta ao público e totalmente gratuita.

Histórico do Mercado

O espaço está fechado desde 9 de março e a gestão municipal pretendia que ele só reabrisse definitivamente sob operação da iniciativa privada, mas o processo de concessão foi interrompido por uma decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que determinou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em julho, que a prefeitura realize uma Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) com a comunidade tradicional da Redinha antes de seguir com o projeto de remodelação do complexo.

O Secretário Municipal de Concessões, Parcerias, Empreendedorismo e Inovação (SEPAE), Arthur Dutra, afirmou, durante a coletiva de imprensa, que a Prefeitura “segue firme na decisão de concluir a concessão do mercado”. Ele lembra que o poder executivo contratou a P4 Concessões e Consultoria Ltda, sediada em São Paulo, para embasar os estudos da concessão, que foram concluídos e entregues dentro do prazo, porém a decisão judicial impediu o avanço da concessão.

“O município recorreu dessa decisão, está acompanhando os desdobramentos”, conta o secretário, acrescentando que a abertura temporária foi a saída encontrada para “não deixar o mercado fechado enquanto essa situação se resolve”, finaliza.

Em meio aos entraves jurídicos e de concessão definitiva do Mercado estão 32 permissionários, que enfrentam dificuldades financeiras e cobram prioridade da Prefeitura para a reabertura do equipamento. Eles seguem recebendo um auxílio no valor de R$1.200. Segundo a Secretária Adjunta de Trabalho e Assistência Social, Auricéia Xavier, há uma atuação de escuta, diálogo e articulação por parte da pasta. “A gente sempre se reúne com os permissionários para ouvir as demandas deles, não só sobre o auxílio, mas vários deles também recebem cestas básicas e estão tendo todo o acompanhamento”, afirma.