Uma diarista de 48 anos sobreviveu a uma tentativa
de feminicídio após ser atacada pelo marido a golpes de facão dentro de casa,
no bairro Bela Parnamirim, em Parnamirim. O crime aconteceu há pouco mais de um
mês, e a vítima teve o dedo decepado, perdeu parte do couro cabeludo, sofreu
cortes profundos no rosto e quase teve a orelha arrancada. Após seis dias
internada no Hospital Walfredo Gurgel, ela recebeu alta, mas segue em
acompanhamento médico semanal.
As marcas da violência ainda estão no corpo e na
memória da dona de casa. “Sim, a parte do meu dedo foi decepado e, assim, como
eu fui para o hospital e o Samu não percebeu… Quando minhas filhas foram, três
dias depois, lá na casa, elas encontraram o meu dedo lá, na sala, junto do
sofá, meus cabelos cortados no chão. Aí a minha filha mais velha passou mal”,
contou, em entrevista à TV Tropical.
Segundo a vítima, o ataque ocorreu enquanto ela
dormia após tomar a medicação da noite. “Aí quando eu adormeci, não lembro, não
senti… Ele bateu muito na minha cabeça, nas pancadas. A minha filha escutou do
quarto eu gemendo, de pancadas. Ela começou a me chamar e eu não respondia”,
relatou. Ela afirmou que a filha correu para pedir ajuda, mas o agressor se
trancou com a mãe dentro do imóvel. “Quanto mais ela batia na porta, mais ele
me golpeava”, disse.
A diarista relata que vizinhos tentaram intervir e
que a polícia precisou forçar a entrada. “Ela disse que os policiais chegaram
para pegar ele, e ele ainda fez, deu refém. E continuou lá me golpeando”,
afirmou.
Depois de receber alta, a vítima voltou ao hospital
para avaliar possíveis sequelas na visão. “Meu olho direito estava turvo… achei
que tinha atingido a minha visão. O médico pediu exame, mas graças a Deus minha
visão estava perfeita”, disse.
A mulher afirma ainda que, dias antes do ataque, já
havia sido agredida e pediu a separação, mas o marido não aceitou. “Eu disse
para ele… eu acho que não acerta a gente, não. Porque você está com ciúme tão
possessivo… Eu não posso sair aqui na frente para ir trabalhar. Aí ele disse
que não aceitava a separação, que ia mudar”, declarou.
O agressor foi preso após a ação da Polícia Militar.
A diarista segue em recuperação física e emocional enquanto o caso é
investigado como tentativa de feminicídio.



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