Pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco,
ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estão sendo transferidas
para unidades estaduais desde o fim de semana por causa de problemas elétricos
no prédio.
Relatos de choques no chão e queima de equipamentos
levaram a direção do hospital a determinar o esvaziamento parcial da
maternidade. Apenas a UTI neonatal será mantida no prédio com uso de gerador de
energia.
Somente no último fim de semana 23 pacientes foram
transferidas para o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal.
Em nota, a direção da maternidade informou que,
devido às oscilações na rede elétrica da instituição, precisou reorganizar os
atendimentos "visando garantir a segurança de pacientes e profissionais e
a continuidade assistencial".
"A MEJC reforça seu compromisso com a segurança
e trabalha para restabelecer a plena normalidade o mais breve possível",
informou a instituição na nota.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte,
Alexandre Motta, afirmou que o governo estadual a sobrecarga é maior sobre o
Hospital Santa Catarina pelo fato de a unidade ser a responsável, no estado,
pelo recebimento de pacientes de maior risco, como é o caso da Januário Cicco.
"É um prédio anterior à Segunda Guerra Mundial.
Então a gente precisa até compreender esse momento. Ninguém deseja isso. E eles
têm agora um problema para resolver, descobrir porque que está acontecendo",
considerou o secretário.
Motta ainda afirmou que solicitou o apoio dos
servidores da maternidade federal para atuarem em unidades estaduais
provisoriamente, mas aguarda retorno da direção da Januário Cicco após consulta
jurídica e aos servidores.
"A gente tem espaço físico disponível, que pode
ser ampliado, principalmente na maternidade de São José do Mipibu, mas a gente
não tem material humano para esse caso agora, especificamente, por essa
circunstância. Mas existe essa tratativa", disse o secretário.

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