O Coronel do Exército Brasileiro,
Fernando Montenegro, criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e
defendeu uma análise mais ampla sobre o papel das instituições no combate ao
crime organizado no país. Em entrevista ao Repórter 98 desta quarta-feira
(5), Fernando disse que Moraes “se mete em tudo”.
Além disso, o coronel defendeu uma análise mais
ampla sobre o papel das instituições no combate ao crime organizado no país. Montenegro,
que comandou a operação de pacificação nos Complexos do Alemão e da Penha, no
Rio de Janeiro, em 2010, afirmou que há uma “interferência permanente” do
Judiciário em outros poderes e citou o ministro Alexandre de Moraes como
exemplo.
Segundo ele, “o ministro se mete em
tudo, até mesmo no que não é de sua alçada”. Durante
a entrevista, Montenegro também relacionou a atuação judicial e política aos
desafios da segurança pública. Ele criticou o que chamou de seletividade nas
ações de fiscalização e controle.
“O estado em que a polícia mais mata é a Bahia,
mas, por ser governado pelo PT, não há intervenção. Já São Paulo e Rio de
Janeiro, que têm governos mais combativos e não alinhados ao governo federal,
sofrem interferência constante”, afirmou.
O coronel destacou ainda que, apesar de defender a
presença das Forças Armadas em determinadas situações, o enfrentamento à
criminalidade não pode se limitar à ação militar. Segundo ele, é preciso um
esforço conjunto entre as esferas institucional, estrutural e social.
Montenegro também chamou atenção para o fortalecimento econômico e político das
facções, que, além do narcotráfico, controlam atividades como transporte, gás,
internet e serviços essenciais em comunidades.
Para o militar, o verdadeiro desafio é romper o
domínio territorial e financeiro das organizações criminosas, que, segundo ele,
vêm se infiltrando em estruturas do Estado por meio do financiamento de
campanhas políticas e da influência em decisões jurídicas e legislativas.

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