O presidente da CPMI do
INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou nesta segunda-feira (3) a
prisão em flagrante do potiguar Abraão Lincoln da Cruz, acusado de cometer o
crime de falso testemunho durante seu depoimento à comissão.
“A Constituição Federal
determina a prisão em flagrante do Sr. Abraão Língua Ofereira da Cruz pelo
crime próprio de falso testemunho, que trata o inciso 2º do artigo 4º da Lei
1.579 de 1952”, declarou o senador no plenário, ao anunciar a decisão.
A ordem foi dada após
constatação de contradições graves nas declarações de Abraão Lincoln sobre sua
relação com o partido Republicanos e com a Confederação Brasileira dos
Pescadores e Aquicultores (CBPA), entidade investigada por supostas fraudes em
benefícios previdenciários e manipulação de cadastros de pescadores.
Carlos Viana afirmou que a
decisão representa um ato em defesa dos segurados prejudicados: “Em nome dos
aposentados — quase 240 mil que a CBPA enganou — o Sr. Abraão Língua Ofereira
da Cruz está preso”, enfatizou o presidente da CPMI.
Na sequência, o senador
determinou que a Secretaria da Polícia Legislativa adotasse todas as
providências cabíveis para cumprir a prisão. “Determino que a Secretaria de
Polícia adote as providências com relação à determinação de prisão dessa
presidência”, concluiu.
Encerrando a sessão,
Carlos Viana agradeceu a presença dos parlamentares e convocou nova reunião da
CPMI para o dia 7 de novembro, às 9h, quando será ouvido o ex-ministro do
Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.
Abraão Lincoln, natural do
Rio Grande do Norte, é apontado como um dos principais articuladores da CBPA e
vinha sendo acusado por parlamentares de manter um esquema político de
influência dentro do setor pesqueiro.


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