O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa — que até
2024 figurava na lista de procurados pelos Estados Unidos — chegou ao país
neste sábado (8) para se reunir com Donald Trump e integrar uma coalizão
americana contra o Estado Islâmico. A viagem marca uma guinada nas relações
entre Washington e Damasco após a queda de Bashar al-Assad, antigo aliado de
Irã e Rússia.
Sharaa assumiu o governo sírio em janeiro, após
forças insurgentes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) deporem Assad em uma
ofensiva relâmpago. Ex-líder do HTS e com histórico de ligações à Al-Qaeda, ele
havia sido sancionado pelos EUA, ONU e Reino Unido desde 2013, mas passou a
circular internacionalmente com a suspensão das restrições anunciada por
Washington e Londres nesta sexta-feira (7).
Os EUA avaliam estabelecer presença militar em uma
base aérea de Damasco para viabilizar um pacto de segurança entre Síria e
Israel, dentro de um movimento de realinhamento estratégico após a mudança de
governo. A medida reforça o esforço americano de conter remanescentes do Estado
Islâmico, enquanto forças sírias afirmam ter realizado operações preventivas
com mais de 60 batidas e 71 prisões em todo o país.
Trump tem buscado estreitar relações com Sharaa.
Além de ter revogado grande parte das sanções contra a Síria, o presidente
americano já havia se encontrado com o líder sírio em uma visita à Arábia
Saudita, e agora recebe o novo aliado em Washington em meio a negociações
regionais consideradas sensíveis pelos EUA.
Com informações do G1

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