Integrantes do governo Lula estão divididos sobre o
plano do ministro da Secom, Sidônio Palmeira, para reagir à operação contra o
Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Durante reunião com Lula em Belém na terça-feira
(4/11), Sidônio apresentou ao presidente e a outros integrantes do governo o
projeto “Aliança Contra o Crime pela Paz”.Conforme revelado pela colunista
Mônica Bergamo e confirmado pelo Metrópoles, o plano prevê um conjunto de ações
e conceitos que poderiam reposicionar o governo Lula no tema.
A ideia do projeto seria explorar ações concretas do
governo para apreenção de drogas, construção decentros integrados de segurança
e investigações contra organizações criminosas.
Uma ala do governo, porém, não se entusiasmou com a
ideia. Uma das principais resistências se deve à sugestão de Sidônio para que o
ministro da Casa Civil, Rui Costa, coordene o plano.
A proposta de Sidônio enfrenta resistência no
Ministério da Justiça e Segurança Pública. A avaliação é de que o plano de ter
Rui como coordenador enfraqueceria o ministro Ricardo Lewandowski.
Outros auxiliares de Lula lembram que o chefe da
Casa Civil deve deixar o cargo em abril de 2026, para disputar as eleições na
Bahia, o que poderia comprometer a coordenação do projeto.
Há ainda uma ala do governo que avalia que o plano
poderia trazer o problema da segurança pública, que é atribuição principalmente
dos governos estaduais, para o colo de Lula em pleno ano eleitoral.
O próprio presidente, de acordo com relatos, apenas
ouviu a apresentação de Sidônio e não deu encaminhamento. A ideia é que ele só
volte a discutir o tema após terminar sua participação na COP30.
Igor Gadelha - Metrópoles

Nenhum comentário:
Postar um comentário