A Justiça do Rio Grande do Norte iniciou, nesta
terça-feira (4), o julgamento
de Vitória Kessia, acusada de tentar matar a própria filha de um ano ao jogar
água fervente na criança. O caso ocorreu em agosto de 2024, na cidade de
Parelhas, a cerca de 240 quilômetros de Natal. A mulher está sendo julgada por
júri popular na comarca do município.
Além da acusada, participam da audiência
representantes da defesa, acusação e testemunhas que acompanharam o caso.
A criança sobreviveu após ação rápida de
testemunhas
De acordo com o laudo pericial, a menina só
sobreviveu graças à rapidez das pessoas que presenciaram o crime e conseguiram
socorrê-la imediatamente. A criança foi levada ao hospital de Parelhas e,
diante da gravidade das queimaduras provocadas pela água quente, precisou ser
transferida para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal.
O documento aponta que a vítima apresentava
múltiplas queimaduras e que o atendimento médico rápido foi essencial para
salvar sua vida.
Versões conflitantes sobre o crime
Durante o depoimento, Vitória Kessia afirmou que o
caso teria sido um acidente doméstico, alegando que a água caiu sobre a filha
enquanto cozinhava. No entanto, testemunhas relataram à polícia que a mulher
teria jogado a água de forma intencional, irritada com o choro constante da
criança.
Ainda segundo o inquérito, a acusada é usuária de
drogas e enfrentava problemas de comportamento antes do ocorrido.
Ação da polícia e represália de facção
criminosa
Após o crime, a polícia foi acionada e se dirigiu à
residência da suspeita, mas Vitória não estava no local. Cerca de uma hora
depois, os agentes receberam a informação de que ela estava sendo mantida em
cativeiro por membros de uma facção criminosa, como forma de “aplicar
disciplina” pelo que havia feito com a filha.
Ao chegar ao endereço indicado, os policiais
encontraram Vitória com lesões pelo corpo e sangramento na boca. Questionada,
ela afirmou que havia se machucado ao cair e negou ter sido agredida.
A mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil
de Parelhas, autuada e encaminhada ao sistema prisional. Após o registro da
ocorrência, passou por audiência de custódia e aguardou o julgamento presa.

Nenhum comentário:
Postar um comentário