O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tomado
decisões controversas no combate à crise climática e na redução da destruição
da Floresta Amazônica. É o que afirma o The New York Times, em reportagem
publicada nesta terça-feira (4).
De acordo com o jornal, quando Lula retornou ao
poder em seu terceiro mandato como presidente, tinha como objetivo restaurar a
imagem do Brasil como um país exemplar em ações climáticas. O veículo cita que
Lula prometeu reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa,
arrecadar fundos globais para combater a crise climática e conter a destruição
desenfreada da Amazônia.
O New York Times destaca que o presidente colocou
áreas da Amazônia sob proteção federal, sendo esse um processo que foi
paralisado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e fortaleceu as
agências responsáveis pela fiscalização de crimes ambientais, que haviam sido
sucateadas pelo governo anterior.
Segundo a reportagem, porém, três anos após sua
posse, Lula tomou ações ambientais que se contradizem. Sob seu governo, o
presidente flexibilizou leis ambientais e permitiu, poucas semanas antes da
COP30, a perfuração de petróleo perto da foz do rio Amazonas pela primeira vez.
“Essa controvérsia ameaça manchar a imagem do Brasil
no exterior e enfraquecer sua influência nas negociações climáticas este ano na
COP30, em um momento crucial, enquanto as nações se preparam para debater o
abandono dos combustíveis fósseis para limitar o aumento das temperaturas
globais”, afirma o jornal.
O New York Times ressalta que Lula tem sido um firme
defensor da exploração de petróleo na Amazônia, argumentando que o mundo ainda
precisará da commodity por muitos anos, e que o projeto seria uma forma de
gerar empregos e investimentos para o desenvolvimento da região Norte do
Brasil.
Valor Econômico

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