Um jovem de 23 anos morreu após ter a moto em que
estava com o pai atingida por uma caminhonete na Avenida Lima e Silva, no
bairro Lagoa Nova, em Natal.
O pai da vítima disse que o motorista do veículo teria confundido os dois com
assaltantes e chegou a revistá-los após a colisão.
A vítima foi João Victor da Silva de
Morais, que chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas não
resistiu aos ferimentos. A batida aconteceu na madrugada de sexta-feira (7),
entre 0h e 1h.
A Inter TV Cabugi procurou a
Polícia Civil para tratar sobre as investigações do caso, mas não havia
recebido respostas até a atualização mais recente desta reportagem.
João Victor traballhava em uma empresa de
telemarketing em Emaús, em Parnamirim, e voltava para casa após ter deixado o
serviço por volta das 23h30. O pai dele, que preferiu não se identificar,
relatou que todos os dias buscava o filho no trabalho nesse horário.
"Quando eu cheguei ali na Lima e Silva, eu fui
surpreendido por um carro que saiu em alta velocidade de uma rua e veio na
minha direção para me pegar. Eu só fiz olhar, não estava entendendo o que ele
estava querendo", relatou.
"Eu pensei até que ele estava
embriagado ou alguma coisa. Tentei desviar, puxei a moto para um lado, tentei
puxar para o outro. Quando eu puxei para o outro, ele acelerou e deu a pancada
em mim", completou.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU)
informou que agentes de mobilidade estiveram no local, registraram o boletim de
ocorrência e realizaram o teste de alcoolemia, que apresentou resultado
negativo.
A STTU informou ainda que o motorista foi conduzido
à Delegacia de Plantão para a abertura do processo investigativo, que ficou sob
a responsabilidade da Delegacia de Acidentes de Veículos. A Polícia Civil não
se pronunciou.
João Victor sofreu múltiplas fraturas, chegou a ser
internado, mas morreu no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel na sexta-feira (7).
'Revistou a gente', diz pai
O pai de João Victor contou que o homem que dirigia
a caminhonete teria dito que o estabelecimento dele teria sido alvo de um
assalto, e que os bandidos estariam em uma moto de cor vermelha - a mesma cor
da moto em que pai e filho e estavam.
"Eu gritei para ele que não tinha sido eu, que
tinha vindo do trabalho do meu filho, que tinha ido buscar ele. Ele ainda não
entendeu, ficou bravo, veio para cima de mim ainda, queria me bater. Foi na
hora ainda que eu pedi socorro. Foi na hora que as pessoas chegaram e foi
amenizando", relatou.
"Depois de tudo ele ainda veio me revistar como
se eu fosse bandido ainda, atrás de revólver. Aí não achou. Na hora ele sentiu
que não foi [a gente]".
O pai contou que o motorista ainda tentou sair do
local, mas foi alertado por populares para permanecer.
"Você até entende a situação dele, que saiu
atrás dos bandidos. Mas, mesmo sendo bandido, ele não pode chegar assim e meter
o carro por cima de alguém sem nem saber. Não sabia qual era a moto que os
bandido estavam, não sabia de que jeito os bandido estavam, o que
vestiam", falou.

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