O clima de novas eleições em Canguaretama ganha mais
um capítulo nesta semana. A juíza da 11ª Zona Eleitoral, Daniela do Nascimento
Cosmo, intimou testemunhas da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE)
que apura suposto “Caixa 2” na campanha do prefeito Leandro Varela e do vice,
Erivan de Souza Lima (Tatá). O interrogatório está marcado para o próximo dia 7
de novembro, às 8h30, e envolve oito suspeitos relacionados a doações suspeitas
e movimentações financeiras não declaradas.
Entre os intimados estão secretários municipais,
familiares do prefeito e empresários, incluindo a B2B Gestão e Serviços LTDA,
empresa que venceu a licitação da limpeza urbana e tem o mesmo proprietário da
Plano A. O Ministério Público Eleitoral (MPE) defende a cassação do prefeito e
do vice, além da inelegibilidade de todos os envolvidos por oito anos.
A ação, movida pela coligação adversária, acusa o
grupo de arrecadar recursos de forma irregular, usando doações via Pix não
declaradas à Justiça Eleitoral, o que configuraria abuso de poder econômico e
captação ilícita de recursos. Entre os nomes citados estão Radan Soares,
secretário de Planejamento; José Elan Souza de Lima, secretário de Comunicação;
Luiz Fernando Varela dos Santos, filho do prefeito; e Romário Madson Maia
Fernandes, chefe de Gabinete.
A AIJE também convoca outros envolvidos ligados à
administração municipal, como Jucelito Jerônimo de Almeida (coordenador de
Urbanismo) e Marcos Aurélio Ferreira, o “Teo”, secretário de Esportes. A
expectativa é que os depoimentos ajudem a esclarecer a suposta irregularidade
na campanha e sirvam de base para eventual cassação do mandato do prefeito e do
vice.

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