O júri popular do assassinato do ex-prefeito de São
José do Campestre, Joseilson Borges da Costa, o Neném Borges (MDB), previsto
para esta segunda-feira (10), foi suspenso após um assistente da acusação
ingressar com um mandado de segurança pedindo o adiamento da sessão. De acordo
com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o pedido foi analisado e
deferido durante o plantão judicial, impedindo a realização do julgamento. Uma
nova data será marcada pelo TJRN.
O júri trataria do homicídio ocorrido em 18 de abril
de 2023, quando o prefeito foi morto a tiros dentro da própria casa, durante a
madrugada. Neném Borges tinha 43 anos e estava deitado no sofá da sala quando
foi atingido por quatro disparos de calibre 38. Segundo a investigação, o autor
do crime teria pulado o muro de uma escola abandonada, acessou a residência
pelo portão aberto e fugiu logo após os tiros.
Réu e investigação
O Tribunal de Justiça tornou réu, em 2024, o homem
apontado pela Polícia Civil como autor dos disparos: Vando Fernandes Gomes,
conhecido como Vandinho. Ele foi denunciado por homicídio duplamente
qualificado — por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima.
Vandinho está preso em Guarulhos (SP) e também é investigado por outros três
homicídios na região de São José do Campestre. Ele aguarda transferência para o
sistema prisional potiguar.
Trajetória política do ex-prefeito
Neném Borges foi eleito prefeito de São José do
Campestre em eleição suplementar de junho de 2018, após a cassação da então
prefeita e vice-prefeita pelo Tribunal Regional Eleitoral por captação ilícita
de votos e abuso de poder econômico.
Naquele pleito, ele obteve 3.949 votos, o
equivalente a 50,77% dos válidos. Em 2020, foi reeleito com 63,7%. Agricultor e
político influente na região, completaria 44 anos no dia 1º de maio de 2023.

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