Até setembro, Ana Paula Veloso Fernandes se
apresentava como aluna de um curso de direito numa faculdade particular. Mas
para o Ministério Público (MP) a universitária de 35 anos é uma "serial
killer" que recentemente foi presa preventivamente e se tornou ré na
Justiça sob a acusação de matar pelo menos quatro pessoas, possivelmente
envenenadas, nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Segundo a Promotoria, a estudante cometeu os
assassinatos entre janeiro a maio deste ano: matou um homem (Marcelo Hari
Fonseca) e uma mulher (Maria Aparecida Rodrigues) em Guarulhos, na Grande São
Paulo; tirou a vida de um idoso (Neil Corrêa a Silva) na cidade fluminense de
Duque de Caxias; e provocou a morte de um tunisiano (Hayder Mhazres) na capital
paulista (saiba mais abaixo).
De acordo com o MP, Ana Paula envenenou essas
pessoas. A Promotoria aguarda o resultado de exames periciais para saber qual o
tipo do veneno.
Para o Ministério Público, Ana Paula ainda pode ter
tido a ajuda da própria irmã gêmea e da filha de uma das vítimas para cometer
os crimes. As outras duas mulheres também estão presas por suspeita de
envolvimento nos casos. São elas: Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35
anos, e Michelle Paiva da Silva, de 43. Michelle foi presa em uma operação
conjunta das polícias civis do Rio e de São Paulo.
Ana Paula, Roberta e Michelle continuam sendo
investigadas pela Polícia Civil, que apura se há mais vítimas.
'Serial killer'
Mas por quais motivos Ana Paula decidiu matar essas pessoas, supostamente com a
ajuda da irmã e da filha de uma das vítimas? De acordo com a acusação, para
ficar com os bens delas. Tanto que se aproximou de todos os que morreram,
aparentemente fingindo interesses como amizade ou namoro.
"Além da gravidade em concreto das infrações
cometidas ser indiscutível, bem como de estarmos diante de uma verdadeira
serial killer", escreveram os representantes do Ministério Público de
Guarulhos, que pediu à Justiça a conversão da prisão temporária da estudante em
preventiva.
Ana Paula foi presa pela primeira vez em 9 de julho,
quando teria confessado à polícia que tentou envenenar, com um bolo, alunos da
turma dela na universidade em Guarulhos. E alegou, segundo agentes, que fez
aquilo porque estava tentando se vingar e incriminar a esposa de um policial
militar, ela mantinha uma relação extraconjugal com ele.
“Ana Paula Veloso... ela foi até a nossa delegacia
por conta de um evento de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade.
Ela colocou esse bolo envenenado supostamente para tentar incriminar uma
terceira pessoa. Através desse inquérito, a gente chegou à conclusão que Ana
Paula Veloso não era vítima nesse caso, mas sim uma 'serial killer'”, declarou
à TV Globo do RJ o delegado Halisson Ideiao, do 1º Distrito Policial (DP) de
Guarulhos.
Com informações de g1
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